Exportadoras portuguesas abaladas por tarifas de Trump. Bolsa de Lisboa cede

Além das perdas de empresas como a Mota-Engil e a Altri após a decisão dos EUA de agravarem tarifas à UE, uma decisão judicial na Polónia está a penalizar o BCP.

Vermelho é a cor dominante na bolsa de Lisboa. O PSI-20 abriu esta quinta-feira em terreno negativo com apenas duas cotadas a escaparem da tendência e com as empresas mais expostas ao exterior a serem especialmente penalizadas. A sessão de perdas segue-se ao anúncio de que os Estados Unidos vão impor sanções à União Europeia.

A Mota-Engil lidera as perdas no índice, a tombar 1,5% para 1,73 euros por ação, enquanto a Altri cede 1,2% e a Navigator 0,71%. Na energia, a EDP Renováveis tomba 1,33%, a Galp recua 0,86% e a EDP desliza 0,23%.

As quedas são generalizadas no PSI-20, que abriu a perder 0,41% para 4.862,49 pontos, num dia misto para as principais praças europeias. Esta é a primeira sessão depois de a Organização Mundial do Comércio se ter pronunciado a favor dos EUA, em detrimento da UE, no caso dos subsídios à Airbus. Devido ao parecer, o país poderá aumentar as taxas aduaneiras sobre importações vindas da Europa.

Os investidores temem que a decisão da OMC mais do que apaziguar possa legitimar a Administração Trump a enveredar por uma postura agressiva em relação à UE. Adicionalmente, muitos políticos europeus têm defendido que a Europa retalie qualquer penalização alfandegária sobre os produtos europeus”, explica o BPI, numa nota de abertura de mercado.

O BCP também se destaca negativamente na bolsa de Lisboa, mas por outras razões. “Para hoje está agendada a decisão do Tribunal de Justiça Europa relativa à intenção do Governo polaco em converter em zloty os empréstimos concedidos em francos suíços pelos bancos polacos. Entre estes bancos está o Bank Millennium, controlado pelo BCP”, acrescenta. O banco liderado por Miguel Maya cai 1% para 0,1818 euros por ação.

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