É cliente da CGD? Uma a uma, saiba quais as comissões que vão mudar
O banco liderado por Paulo Macedo vai subir um grande conjunto de comissões que cobra aos clientes nos seus produtos e serviços. Fique a conhecer nove das principais mexidas no preçário da CGD.
A Caixa Geral de Depósitos (CGD) vai agravar as comissões sobre um grande leque de produtos e serviços que disponibiliza aos seus clientes. As mexidas acontecem a partir do início do próximo ano e têm como principais alvos as contas, mas também chegam às transferências, com o banco público a começar a cobrar no MB Way, aos cheques, ao crédito à habitação ou mesmo ao custo de alugar cofres. Conheça uma a uma, e em detalhe, todas as comissões que vão mudar na Caixa.
1. SMB passam a ser pagos, por alguns
As contas de Serviços Mínimos Bancários (SMB) são atualmente gratuitas para todos os clientes que reúnam condições para a elas aceder. Contudo, uma parte dos clientes vai perder essa isenção. A partir de 25 de janeiro, a Caixa vai passar a cobrar 35 cêntimos por mês (4,20 euros anuais) aos titulares dessas contas cujos rendimentos sejam superiores ao salário mínimo nacional. Os restantes clientes mantêm a isenção.
2. “Conta S” fica mais cara
A CGD tem cerca de 1,7 milhões de clientes que aderiram às “Contas Caixa”, sendo estas contas “pacote” um dos principais alvos das mexidas no respetivo preçário de comissões. A partir de 25 de janeiro, os clientes com a “Conta S” — a conta “pacote” mais básica do banco — vão ver a respetiva mensalidade aumentar. Quem reúne condições para ter uma bonificação nesta conta, vê os respetivos encargos mensais subirem dos atuais 2,912 euros, para 3,328 euros, representando um encargo anual acrescido de cinco euros. Nas contas sem direito a bonificação, o encargo mensal passa dos atuais 4,16 euros, para 5,148 euros, com o encargo anual a crescer cerca de 12 euros.
Esta subida de encargos será, contudo, compensada por um incremento do número de transferências bancárias sem custos que passam de duas mensais para quatro (inclui as transferências MB Way). Também a “Conta M” passa a permitir mais transferências bancárias sem custos — passam de três para cinco por mês –, na “Conta L” mantém-se um número ilimitado de transferências. Nestas duas últimas, os encargos mensais para os clientes mantêm-se.
3. “Conta Caixa Azul” mais barata, mas só na bonificada
A “Conta Caixa Azul” destinada a clientes com mais recursos vai beneficiar de uma redução de comissão de manutenção nos casos em que há direito a bonificação. Nesse caso, a mensalidade passa dos atuais 7,28 euros mensais, para 5,20 euros. Mas para isso, para além da domiciliação de rendimentos, passa a exigir ainda duas ou mais autorizações de débito na conta associada. Para as restantes contas “Caixa Azul” mantêm-se as comissões atualmente em vigor.
4. Levantar dinheiro ao balcão vai ficar mais caro
Levantar dinheiro a um balcão da CGD fica mais caro a partir de 25 de janeiro. Aos clientes que a partir dessa data apresentem a caderneta para levantar dinheiro serão cobrados 3,12 euros, acima dos 2,86 euros atualmente em vigor.
Ainda assim, mantêm-se em vigor algumas isenções que são atualmente previstas. Segundo a CGD esta comissão continuará a não ser aplicada no caso de a máquina da rede Caixa não existir ou se estiver avariada, se houver “manifesta incapacidade do cliente para a atualização de dispositivos automáticos”.
Mas também se o levantamento for feito numa conta à ordem cujo somatório dos rendimentos domiciliados seja de valor inferior a uma vez e meia o salário mínimo nacional, em que o primeiro titular tenha uma idade igual ou superior a 65 anos e um dos titulares tenha património financeiro com saldo médio igual ou inferior a 20 mil euros, mas a isenção só se aplica até dois levantamentos por mês. Antes o limite eram três levantamentos por mês. Até três levantamentos em conta base caderneta também são isentos deste encargo.
5. Atualizar a caderneta ao balcão paga mais
A atualização de cadernetas ao balcão também fica mais cara. Deixa de custar os atuais 1,04 euros, para passar a custar 2,08 euros a partir de 25 de janeiro. Ou seja, o dobro. Esse valor apenas não é cobrado em casos de ausência e/ou avaria de ATS e atualizadora, ou em situações em que haja “manifesta incapacidade do cliente para a atualização de dispositivos automáticos” (casos de clientes invisuais, analfabetos).
6. Transferências MB Way passam a ser cobradas
A realização de transferências MB Way passam a ser cobradas a partir de 25 de janeiro a quem use a app MB Way da SIBS, com o banco público a seguir os passos da concorrência. Nesses casos, o custo destas transferências será de 88,4 cêntimos por operação, ficando isentos deste encargo os clientes com menos de 26 anos e os que têm “Conta Caixa”, mas neste último caso com alguns limites. Quem utilizar as aplicações da Caixa (Caixadireta, Caixa Easy e Dabox) para realizar essas transferências também continua a não ver cobrado qualquer encargo.
7. Processamento da prestação da casa encarece em março
A 25 de março chega a vez de quem tem crédito à habitação ver aumentar os encargos de pagar a prestação. A comissão de processamento mensal dos empréstimos da casa atualmente em vigor na CGD é de 2,60 euros. A partir de 25 de março, passa a custar 2,86 euros. Ao fim de um ano, este encargo passará a ascender a 34,32 euros.
8. Custo de requisitar cheques sobe
A entrega imediata de três cheques na rede da Caixa (ATS) vai passar a custar 5,2 euros, valor que compara com os atuais 3,74 euros. Também as requisições de cheques encarecem. Por exemplo, a requisição online de um módulo de 11 cheques cruzados que atualmente custa 13,73 euros, passa a custar 15,6 euros. As mexidas no preçário de cheques entram em vigor logo a 1 de janeiro.
9. Aluguer de cofres fica mais caro
A utilização de cofres também fica mais cara, agravamento que abrange desde os de menor dimensão aos maiores. Por exemplo, o aluguer de um cofre com até 20,99 dm3 de dimensão custa atualmente 61,5 euros. A partir de 25 de janeiro passa a custar 67,65 euros. Já o aluguer dos cofres maiores, com mais de 1.700 dm3, vai passar a custar 2.337 euros. Este valor compara com os atuais 885,6 euros.
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