SNS fechou 2018 com “buraco” de 848 milhões de euros. Prejuízo mais do que duplicou
O prejuízo do Serviço Nacional de Saúde aumentou cerca de 500 milhões de euros no ano passado, ascendendo a 848 milhões de euros.
O Serviço Nacional de Saúde (SNS) terminou o ano de 2018 com um buraco de 848 milhões de euros. O prejuízo agravou-se em cerca de 502 milhões, um desempenho justificado com o “crescimento dos gastos com pessoal, com fornecimentos e serviços externos e das mercadorias vendidas e matérias consumidas”.
A contribuir para o resultado do exercício estará também “a diminuição das transferências correntes registadas, uma vez que foram efetuadas em 2018 entradas de capital sem impacto nos rendimentos do ano”, refere o relatório e contas de 2018, divulgado pela Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS) e noticiado primeiro pelo Jornal de Negócios.
No relatório são destacados indicadores como o aumento no número de consultas nos cuidados de saúde primários e hospitalares, bem como no pessoal médico e de enfermagem. No final do ano passado, o SNS tinha cerca de 29 mil médicos, quase 45 mil enfermeiros e aproximadamente 26 mil assistentes operacionais.
Os gastos com pessoal, a maior fatia das despesas do SNS, cresceram 5,7%. Totalizaram os 4.064,17 milhões de euros em 2018, o que compara com 3,8 mil milhões no ano anterior. As despesas nos fornecimentos e serviços externos também aumentaram, 6,1% para os 4.036,4 milhões.
Já no passivo, “verificou-se uma redução de cerca de 590 milhões de euros”, aponta-se no relatório. No entanto, salienta-se que a estrutura do balanço “não permite uma comparabilidade direta com o novo referencial, com especial incidência, no que respeita à apresentação das ‘Outras contas a pagar’”.
“Assim, considera-se que a redução verificada no passivo tem origem sobretudo na rubrica de Diferimentos, uma vez que o novo referencial determinou uma alteração no procedimento contabilístico de registo dos subsídios ao investimento”, lê-se no relatório. As dívidas a fornecedores e outras contas a pagar totalizaram os 3.359,2 milhões de euros, menos 4,2% que no ano anterior.
(Notícia atualizada às 17h20)
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