Investidores privados já piscam o olho aos imóveis públicos

  • ECO
  • 13 Outubro 2019

Numa altura em que muitos imóveis privados já estão ou foram alvo de obras de reabilitação, alguns investidores já estão de olhos postos nos imóveis do Estado, como é o caso da prisão de Lisboa.

Muitos edifícios privados devolutos já foram — ou estão a ser — alvo de reabilitação no centro de Lisboa, pelo que o olhar atento dos investidores deposita-se agora sobre o património público, muito dele ainda sem destino definido.

São imóveis do Estado e da Câmara Municipal que “podiam ser utilizados para colmatar o défice que existe no mercado, tanto de venda como de arrendamento”, defendeu ao Público (acesso condicionado) o diretor-geral da Sotheby’s Portugal, Miguel Poisson, que é uma imobiliária especializada no segmento de luxo. Se esse património for colocado à disposição dos investidores privados, “há margem para se encontrarem soluções benéficas tanto para o setor público como para o setor privado”, sublinha.

No centro da cidade, um dos imóveis que tem chamado mais a atenção destes investidores é o Estabelecimento Prisional de Lisboa (EPL), no topo do Parque Eduardo VII. “É absolutamente absurda” a existência de uma prisão “numa zona tão prime“, disse Miguel Poisson ao jornal. “Faria mais sentido ter ali residências de estudantes ou dar a oportunidade a investidores que, em acordos com a Câmara Municipal, pudessem encontrar soluções benéficas para ambas as partes”, referiu.

De acordo com o Público, não é só o centro de Lisboa que está a despertar interesse. Sítios como o Beato e Marvila também se preparam para receber investimento: “Vão ser construídos alguns milhares de apartamentos naquela zona. Muitos escritórios. Vai haver ali uma centralidade muito própria”, referiu o líder da Sotheby’s no país.

Os subúrbios de Lisboa — e do Porto — também deverão começar a ver nascer novos projetos imobiliários. Mas, nestes casos, é condição essencial a existência de boas ligações de transportes públicos ao centro das cidades.

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