Portugueses “não iriam achar graça nenhuma” à esquerda deixar cair Governo, diz Carlos César
Carlos César defende que o Governo não deveria convocar eleições antecipadas, a não ser "numa situação de bloqueio".
Carlos César mostrou-se confiante de que o Governo irá durar os quatro anos da legislatura, sendo que apenas numa situação de “bloqueio” se poderia convocar eleições antecipadas. O presidente do PS diz que os portugueses não aceitariam bem que os partidos da esquerda deixassem “cair” o Executivo, depois de ter pedido os votos para evitar a maioria absoluta dos socialistas.
“A penalização sobre quem ponha em causa a estabilidade política é muito grande por parte dos portugueses”, indicou o presidente do PS, em entrevista à RTP (acesso livre). “Os portugueses não iriam achar graça nenhuma a quem disse ‘deem-me votos para eu segurar este Governo’ depois deixá-lo cair”.
Questionado sobre se o PS poderá ser tentado a convocar eleições antecipadas para obter maioria absoluta, Carlos César reiterou que o partido “não o deve fazer”, a não ser que se verificasse uma “situação de bloqueio”.
Já no que diz respeito aos acordos com outros partidos, perante a possibilidade de se juntar apenas ao Bloco, o líder do PS apontou que não queria deixar de fora os restantes. “Fazer um acordo com o Bloco de Esquerda era um pouco como fazer uma coligação de interesses à margem dos restantes partidos que também estávamos a tentar convocar para estes próximos quatro anos”, disse.
“A posição do PS é normal, não destruímos o espírito da geringonça, recusámo-nos a circunscreve-la a dois partidos”, sublinhou. Quanto ao PCP, que não queria acordo escrito, explicou que o que partido propôs foi “um acordo sem acordo escrito, o que vale é a nossa palavra, e estamos disponíveis para, sem papéis, fazermos aquilo que antes fazíamos”.
(Notícia corrigida com a referência de Carlos César de que os portugueses “não iriam achar graça nenhuma” se os partidos da esquerda deixassem cair o Governo e não o PS)
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