Costa aposta em salários e emprego como chaves da governação
António Costa quer dar centralidade à economia, nos próximos quatro anos, e fazer dos salários e do emprego duas das chaves da sua governação. "Mais Siza, menos Centeno", tinham pedido empresários.
Os empresários têm pedido a António Costa “mais Siza e menos Centeno” e, nos próximos quatro anos, o primeiro-ministro indigitado quer o mesmo: mais Economia e menos Finanças. Isto de acordo com o jornal Expresso (acesso pago), que avança, este sábado, que Costa quer dar centralidade à economia, no próximo mandato, e assumir os salários e os empregos como duas das chaves da sua governação.
Durante uma reunião com os empresários a 19 de setembro — ainda antes do arranque da campanha eleitoral –, o presidente da Confederação do Comércio e Serviços (CCP), João Vieira Lopes pediu a António Costa que no próximo Governo houvesse “mais Siza Vieira, menos Centeno”. De acordo com o Expresso, o primeiro-ministro sorriu e confessou-se “feliz” por contar na sua equipa com “dois pontas de lança, um nas Finanças e outro na Economia”.
Na lista que entregou ao Presidente da República, António Costa escolheu, contudo, promover um desses “pontas de lança”, tendo passado o ministro Siza Vieira a número dois do Governo, enquanto Centeno caiu de quarto para quinto na hierarquia.
É que, escreve o Expresso, neste mandato, Costa quer o mesmo que os empresários: mais Economia e menos Finanças. Isto num contexto em que os ventos externos são mais incertos e em que o fator crítico para as empresas passou a ser a a escassez de mão-de-obra, em especial de trabalhadores qualificados. A resposta, tem dito o Governo, está na aposta na qualificação dos trabalhadores e no reforço dos salários.
Tal implica, desde já negociar na Concertação Social um acordo de legislatura para o aumento não só do salário mínimo como do nível geral das retribuições em Portugal, que tanto os sindicatos como o Governo reconhecem que é baixo. Mas tal também exige que as famílias tenham mais rendimento disponível, nomeadamente alargamento o número de escalões de IRS, promessa deixada pelo PS no seu programa eleitoral e muito defendida por António Costa.
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