“Governos não se medem em função do número de membros”, diz António Costa sobre os 50 secretários de Estado e 19 ministros
Depois de ter apresentado um Executivo com 50 secretários de Estado e 19 ministros, o primeiro-ministro referiu que o importante não é o número, mas sim que o Governo se ajuste às prioridades do país.
Depois de apresentar um Executivo com 50 secretários de Estado, António Costa lembra que “um Governo não se mede em função do número de membros” e que o importante é que estes sejam ajustados “às prioridades do país”. Em conferência de imprensa depois de ter apresentado a lista dos novos secretários de Estado, o primeiro-ministro antecipou ainda que neste Executivo não há relações familiares.
“Os Governos não se medem em função do número de membros. Devem ter uma orgânica ajustada ao programa do Governo e às prioridades do país”, começou por dizer António Costa, em declarações aos jornalistas esta segunda-feira.
Para o socialista, é “seguramente uma prioridade reforçar a coesão territorial e dar uma nova atenção à necessidade de valorização do interior”, continuou, ressalvando que “é importante haver uma elevação a ministério” para concretizar essa ambição, referindo-se à criação do Ministério da Coesão Territorial. Responsável por esta pasta ficará Ana Abrunhosa, uma “mulher que tem todas as condições para desempenhar plenamente as funções atribuídas”, disse António Costa.
Sobre a data em que os novos membros irão tomar posse, Costa explicou que isso está dependente da decisão do Tribunal Constitucional quanto à recontagem dos votos das eleições legislativas, pedida pelo PSD, que deverá ser tomada “entre hoje e amanhã”. “Foi visto com o Presidente da República que há agenda disponível para que a tomada de posse seja esta sexta-feira ou sábado“.
Questionado sobre a polémica de familygate no Governo, o primeiro-ministro começou por responder que aquilo que marcou o anterior Governo foi, entre outros, “a capacidade de assegurar a estabilidade política” e de “recuperar a credibilidade” do país. “Vi muita ficção jornalística e muito poucos casos concretos. O que sabemos é que não há no Governo qualquer tipo de relação familiar”, afirmou.
Sobre as relações políticas com os partidos de oposição, António Costa atirou que a vontade do país para os próximos quatro anos de legislatura é que haja estabilidade. “Há quatro anos houve uma rotura sobre o que era o relacionamento tradicional dos partidos em Portugal. Esta legislatura vai ser diferente, mas não vai ser nem vai voltar a ser como antes“, disse.
O primeiro-ministro rematou, afirmando que acredita — também com base nos contactos que tem mantido com os partidos de esquerda, inclusive com o Livre –, que “há todas as condições para um diálogo político que contribuirá para que haja estabilidade política nestes quatro anos”.
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