Rui Rio tem “dúvidas” que a legislatura chegue ao fim
No Parlamento para a tomada de posse como deputado, e onde será líder parlamentar do PSD, Rui Rio disse que o PSD não vai apresentar uma moção de rejeição ao Programa do Governo.
O presidente do PSD, Rui Rio, afirmou esta sexta-feira que tem “dúvidas” que a legislatura que agora começa dure os quatro anos apesar de considerar que há “condições” para que isso aconteça, quando chegava à bancada parlamentar do PSD no dia em que o Parlamento toma posse. Sobre o Orçamento do Estado para 2020, Rui Rio diz que não tem “dotes de bruxo”, por isso só se vai pronunciar quando conhecer o documento.
Citado pelo Público, Rui Rio, que depois da derrota nas eleições de 6 de outubro decidiu assumir o seu lugar enquanto deputado, disse que tem “dúvidas de que [o Governo] consiga”. “É um Governo minoritário, tem de fazer permanentemente negociações”.
O líder do PSD disse que os sociais-democratas irá fazer uma oposição “construtiva” ao Governo e que não está “permanentemente em campanha eleitoral”.
Quanto ao Programa de Governo, que o primeiro-ministro disse na quinta-feira que irá aprovar este sábado em reunião do Conselho de Ministros logo após a tomada de posse, Rui Rio disse que o PSD não vai apresentar uma moção de rejeição ao programa, que, entende, não tem de ser votado, apenas apreciado.
Posição sobre o Orçamento só quando for conhecido
Mais tarde, ainda no Parlamento, Rui Rio foi questionado pelos jornalistas sobre a posição do partido em relação ao Orçamento do Estado para 2020. Como tem vindo a dizer, o líder do PSD disse que essa posição só se formará quando conhecer o documento.
“Não tenho dotes de bruxo, portanto não posso dar uma opinião sobre um orçamento que ainda não foi apresentado e que penso que nem sequer existe”, disse o líder do PSD.
Rui Rio admitiu que muito dificilmente o orçamento terá as mesmas linhas que as do programa eleitoral do PSD, deixando antever que será “muito difícil” que o partido apoie o orçamento, mas não quis dar qualquer opinião sobre o documento. “Quando entrar no Parlamento iremos tecer as críticas que entendemos tecer, eventualmente concordar com os pontos que podemos concordar. Agora, sem conhecer o documento como é que eu me posso pronunciar sobre ele.
(Artigo atualizado às 11h43 com mais informação)
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