Petróleo em queda com sinais de menor consumo nos EUA
Aumento dos stocks de petróleo na última semana pressionam preços do ouro negro, depois de ter atingido a cotação mais elevada desde julho de 2015.
Sinais de menor consumo de petróleo nos EUA estão a retirar força aos preços do barril de ouro negro nos mercados internacionais. A cotação alivia na sessão desta quarta-feira depois de ter atingido valores mais elevados desde junho de 2015 nas últimas sessões, na sequência do acordo da OPEP e outros produtores para reduzir a produção global.
O barril de Brent, referência para as importações nacionais, desvalorizava 1,01% para 55,16 dólares, ao mesmo tempo que o contrato de crude, negociado em Nova Iorque, perdia 1,15% para 52,37 dólares.
Esta evolução acontece depois dos inventários de petróleo nos EUA terem subido em 4,68 milhões de barris na última semana, de acordo com os dados revelados pela American Petroleum Institute, sinalizando menor consumo da parte dos norte-americanos.
“Há um enorme stock de crude e isso funciona como um fator de pressão sobre os preços no curto prazo”, referiu Ric Spooner, estratego da CMC Markets, à Bloomberg. “Cotações do barril entre os 55 dólares e os 60 dólares poderão revelar-se um obstáculo para os investidores”, acrescentou.
"“Há um enorme stock de crude e isso funciona como um fator de pressão sobre os preços no curto prazo.”
O petróleo valorizou cerca de 16% desde que os membros da OPEP chegaram a um acordo, no dia 30 de novembro, para cortar a produção pela primeira vez em oito anos. Dias mais tarde, outros países produtores fora do cartel, incluindo a Rússia, entraram no entendimento que, de acordo com a Agência Internacional de Energia, vai criar um cenário de défice mercado petrolífero já na primeira metade do próximo ano.
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