PSOE e Podemos chegam a pré-acordo. Iglésias pode vir a ser vice-primeiro-ministro de Espanha
Os líderes do PSOE e do Podemos alcançaram um pré-acordo para formar um Governo de coligação em Espanha. Pedro Sánchez terá aceitado ceder o cargo de vice-primeiro-ministro a Pablo Iglésias.
Os líderes do PSOE e do Podemos alcançaram um pré-acordo para uma nova tentativa de formar um Governo de coligação em Espanha, avançou o El País. O jornal cita fontes socialistas, que referem que, mediante este acordo, Pablo Iglésias poderá vir a ser o vice-primeiro-ministro do Governo espanhol.
O líder do Governo em funções, o socialista Pedro Sánchez, vai reunir nos próximos minutos com Pablo Iglésias, do Podemos, para fecharem juntos os últimos detalhes deste acordo preliminar. Desconhece-se mais detalhes.
É conhecida a ambição de Pedro Sánchez de formar uma espécie de “geringonça” à espanhola, copiando a estratégia de António Costa em Portugal. Mas Pablo Iglésias, líder do Podemos, sempre exigiu uma coligação formal, o que poderá agora materializar-se.
As eleições deste domingo deram a vitória ao PSOE, mas sem maioria absoluta para conseguir governar, com apenas 120 deputados. O Podemos conseguiu 35 mandatos, o que, juntos, não permitem alcançar a maioria absoluta de 176 deputados. Assim, Pedro Sánchez terá de fechar mais acordos com partidos para conseguir a estabilidade mínima possível para poder governar, como mostra a infografia do ECO:
Nesse sentido, segundo o El País, decorrem também negociações entre os socialistas e outros partidos que apoiaram no passado a moção de censura que derrubou o Governo de Mariano Rajoy. A intenção passará por criar uma coligação apoiada por vários partidos minoritários.
Do outro lado da barricada, Pablo Casado, líder do PP — que recuperou representação parlamentar nas eleições deste domingo –, reuniu o Comité Executivo do partido esta segunda-feira para fixar uma estratégia após as eleições de domingo. Mas o cerco aperta-se: José Luis Ábalos, dirigente do PSOE, já rejeitou a possibilidade de o partido vencedor formar uma grande coligação de bloco central com o PP.
A noite eleitoral ficou ainda marcada pelo crescimento da extrema-direita representada pelo Vox. O partido tinha anteriormente 24 deputados, mas conseguiu eleger 52 nestas eleições. A participação eleitoral fixou-se nos 67%, a mais baixa da democracia espanhola, nestas que foram as quartas eleições em Espanha em quatro anos.
(Notícia atualizada às 13h16 com mais informações)
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