Trump defrauda expectativas. Bolsas europeias abrem em queda
Lisboa iniciou a sessão em terreno negativo, pressionado sobretudo pelo BCP e Galp. Lá fora também se verificam perdas depois de o aguardado discurso de Trump não ter correspondido ao esperado.
As bolsas europeias iniciariam o dia em terreno negativo, isto depois de o aguardado discurso de Donald Trump em relação ao comércio internacional não ter correspondido às expectativas dos investidores. Lisboa também começou a sessão em baixa.
O PSI-20, o principal índice português, perde 0,22% para 5.292,93 pontos, com apenas três cotadas em alta: EDP Renováveis, EDP e REN. Do lado das perdas, destaque para as quedas do BCP, Galp e CTT: o banco recua 1,31% para 0,2112 euros, a petrolífera desvaloriza 0,47% para 14,98 euros e a operadora dos correios desliza 0,64% para 3,10 euros.
Destaque ainda para a Sonae. A dona dos hipermercados Continente apresenta contas esta quarta-feira após o fecho da bolsa. Os analistas do BPI CaixaBank estimam que as vendas tenham situado nos 1.655 milhões de euros e o resultado líquido seja positivo de 57 milhões de euros. Para já as ações da retalhista cedem 0,53% para 0,935 euros.
Sonae em queda antes de prestar contas
Lisboa acompanha a tendência negativa observada nas principais praças europeias. Isto depois de as bolsas asiáticas também terem fechado a última sessão com sinal menos. No Velho Continente, o Stoxx 600 abriu em baixa de 0,23%. Paris, Frankfurt e Madrid também têm os seus índices de referência a cair entre 0,20% e 0,50%. Os investidores não escondem alguma deceção com o discurso desta terça-feira de Donald Trump em relação à disputa comercial dos EUA com a China e a Europa.
“O que faltou [no discurso de Trump] foram detalhes sobre os progressos em relação à primeira fase do acordo comercial com a China ou o estado das tarifas sobre os automóveis que poderão ser aplicadas nas importações da União Europeia”, referiu Chris Zaccarelli, da Independent Advisor Alliance. Os investidores acreditavam ontem que o Presidente dos EUA ia anunciar o adiamento das taxas alfandegárias aos carros europeus que deverão entrar em vigor no dia 15 de novembro.
“Trump mencionou que um acordo com a China pode acontecer em breve, mas disse exatamente o mesmo que disse no passado, portanto não foi nada de novo”, acrescentou Zaccarelli.
(Notícia atualizada às 8h25)
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