Aeroporto de Lisboa vai estar em obras entre janeiro e junho. Fecha durante a noite
O encerramento do Aeroporto de Lisboa obrigou a uma adaptação por parte das companhias aéreas, sendo que alguns voos terão de ser cancelados.
O aeroporto de Lisboa vai estar em obras entre janeiro e junho do próximo ano, levando ao encerramento do espaço durante o período noturno. As companhias aéreas que operam no aeroporto tiveram que ajustar a atividade, o que, para a easyJet, irá obrigar ao cancelamento de alguns voos.
O aeroporto irá fechar às 23h30 e abrir entre as 6h00 e as 6h30, adiantou José Lopes, diretor da easyJet em Portugal, aquando a apresentação de resultados da empresa. “Tivemos que tentar ajustar a nível de slots, alguns voos conseguiram-se ajustar, outros tiveram de ser cancelados”, explicou, já que “qualquer avião que chegar depois do período não poderá aterrar em Lisboa”.
Os voos que serão cancelados são de uma única rota, que liga a capital portuguesa à cidade francesa Lille, que era a única com chegada posterior à nova hora de fecho. “É oferta que Lisboa perde”, mas “são dores que iremos passar até haver mais capacidade”, considerou José Lopes.
O diretor-geral tem vindo a criticar as limitações ao crescimento da operação da companhia aérea pelas capacidades de infraestruturas. Quando questionado sobre a solução em vista no Montijo, José Lopes não se compromete, apesar de admitir que “de forma global, tudo o que permita haver crescimento de capacidade em Portugal, em qualquer um dos nossos aeroportos, é bem visto, porque permite continuar a estimular a economia numa atividade que é de importância para o país”.
Mesmo com o constrangimento de espaço nas infraestruturas, a easyJet cresceu 9% em Portugal no ano fiscal que terminou em setembro, ultrapassando pela primeira vez os sete milhões de passageiros transportados. As limitações ao crescimento foram colmatadas com o aumento da capacidade dos aviões, com a aposta em franjas horárias que ainda tinham disponibilidade e com a diminuição da sazonalidade.
Em Lisboa o crescimento foi de 4,5%, sendo que transportaram 2,7 milhões de passageiros, um desempenho que se deveu à maior capacidade nos aviões. Mas com as limitações de Lisboa, o crescimento noutros aeroportos “é potenciado”, reiterou José Lopes, ao ECO. “Temos visto isso no Porto, onde o crescimento nos últimos anos tem sido alavancado também pela falta de capacidade” da capital, apontou o diretor-geral, depois de notar que a subida de passageiros transportados no aeroporto Francisco Sá Carneiro foi de 11,8%.
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