Barragens a sul do Tejo em mínimos históricos. Governo impede captações de água
Há dez barragens a sul do Tejo no vermelho com menos de 20% do armazenamento disponível por causa da falta de chuva na primeira quinzena do mês.
Há dez barragens a sul do Tejo no vermelho, com menos de 20% do armazenamento disponível, avança o Correio da Manhã (acesso pago), esta quarta-feira. A situação mais complicada verifica-se em Abrilongo, na bacia hidrográfica do Guadiana, com apenas 2% do armazenamento disponível.
A chuva registada na primeira quinzena de novembro levou a uma melhoria do volume de armazenamento nas barragens no Norte e Centro e retirou as regiões da situação de seca severa ou extrema, não tendo acontecido o mesmo a sul. Nessa última região do país, a chuva não foi assim tanta e a maior parte das barragens acabaram por sofrer uma descida do volume de água.
Neste momento, há dez barragens com menos de 20% do armazenamento, todas localizadas na região do Alentejo, sendo que a situação mais complicada verifica-se em Abrilongo, na bacia hidrográfica do Guadiana, com apenas 2%.
Na mesma bacia, Lucefécit regista 5%, Caia 13% e Vigia 11%. Na bacia do rio Tejo, destaque para Divôr (6%). As outras cinco são na bacia do rio Sado: Monte da Rocha (8%), Pêgo do Altar (11%), Rôxo (17%) e Vale de Gaio (19%).
No total das 59 barragens monitorizadas pelo Sistema Nacional de Informação de Recursos Hídricos, 27 tinham disponibilidades hídricas abaixo dos 40%, menos três do que no final de outubro.
Perante estes dados, o ministro do Ambiente vai propor restrições à possibilidade de fazer furos para a captação de água em zonas do país mais críticas devido à seca, nomeadamente no interior do Alentejo e no Algarve.
“Vamos, sob proposta nossa, delimitar severamente a possibilidade de fazer furos para captação de água nas zonas mais crítica, oito bacias no Algarve e duas na bacia do Guadiana”, disse o ministro José Pedro Matos Fernandes, na Renascença. A proposta vai ser discutida na reunião da comissão interministerial da seca, que junta os ministros da Agricultura, Ambiente, bem como, outras entidades relacionadas com o tema.
(Notícia atualizada às 10h48 com a reação do ministro do Ambiente)
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