Orey Financial passou 90 milhões de euros em ativos para outros 20 intermediários

Financeira já passou os ativos dos clientes (incluindo a carteira em Espanha) para outras entidades, mas há 2,34 milhões de euros que ninguém reclamou e serão depositados na CGD.

A concluir o desinvestimento no negócio financeiro, a Orey Financial já transferiu 87,76 milhões de euros em ativos dos clientes para duas dezenas de intermediários financeiros. Há 2,34 milhões de euros que ninguém reclamou e vão entrar num processo judicial para serem entregues à Caixa Geral de Depósitos.

“À data de 20 de novembro de 2019, a Orey Financial procedeu à transferência, ou estão em processo de transferência, cumprindo instruções dos seus clientes, ativos no montante cerca de 90 milhões de euros”, anunciou a empresa-mãe Orey Antunes, em comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários.

Está concluída a transferência de 86,33 milhões de euros e está em curso a transferência de outros 1,33 milhões de euros. “Os ativos dos clientes em salvaguarda pela Orey Financial foram transferidos, ou estão em processo de transferência, para mais de 20 intermediários financeiros”, explica.

Neste montante está incluída a venda da carteira de clientes da Sucursal da Orey Financial em Espanha à Renta Markets, que englobou o trespasse de 2.830 clientes com ativos globais no valor de 23,55 milhões de euros. “Esta transação foi concluída em 1 de abril de 2019”, acrescenta a empresa.

Há mais de um ano que a Orey anunciou que pretendia deixar o setor financeiro, cujos prejuízos pesavam nas contas do grupo. Em agosto, o Banco de Portugal retirou a licença à Orey Financial para operar enquanto instituição financeira e a atividade cingia-se aos procedimentos necessários para encaminhar os ativos dos clientes e fechar a atividade. Já fez o mesmo pedido junto do Banco Central Europeu.

No entanto, há 2,34 milhões de euros, quase tudo em obrigações não cotadas, que ninguém reclamou. “Estes ativos pertencem a clientes cuja resposta sobre os dados bancários da conta de destino não foi obtida tendo à data a Orey Financial esgotado todos os esforços comerciais e vias de comunicação. A Orey Financial propôs desde o dia 7 de junho, às respetivas autoridades de supervisão, CMVM e Banco de Portugal, autorização para a aplicação de um Processo Especial Judicial de Consignação em Depósito“, refere ainda no comunicado.

Este processo implica que é pedido ao tribunal que o montante seja depositado judicialmente na Caixa Geral de Depósitos. “Reconhecendo a Orey Financial que este é um processo oneroso para os clientes, esta disponibilizou-se, em 13 de agosto de 2019, para suportar as despesas relativas ao processo judicial especial de consignação em depósito”, acrescenta.

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