Governo já fixou critério para aumentos salariais. Siza Vieira quer subidas acima da inflação e da produtividade
Governo já fixou critério para aumentos salariais. Siza Vieira, à entrada da reunião da concertação social, frisou que quer subidas acima da inflação e da produtividade. A soma dos indicadores é 2,8%.
O ministro da Economia disse, esta quarta-feira, que o Executivo espera conseguir um acordo com os parceiros sociais para aumentar salários acima da inflação e da produtividade, no âmbito do acordo global sobre rendimentos e competitividade.
“Aquilo que desejamos é que os salários em Portugal possam crescer acima daquilo que é a soma da inflação e da produtividade para podermos caminhar para uma mais justa repartição dos salários no PIB”, sublinhou Pedro Siza Vieira, à entrada da reunião com os parceiros sociais. De acordo com as previsões do Executivo, inscritas no Programa de Estabilidade enviada a Bruxelas, a inflação (harmonizada) prevista para o próximo ano é de 1,5% e os ganhos de produtividade deverão ascender a 1,3%. Isto quer dizer que no critério fixado pelo número dois do Governo, o referencial para os aumentos salariais em sede de contratação coletiva deverá ronda os 2,8%.
Previsões do Programa de Estabilidade
O ministro da Economia frisou ainda, esta manhã, que “é muito importante que nos próximos anos possamos ter políticas públicas” que apoiem o crescimento da produtividade das empresas portuguesas, nomeadamente através de medidas que incentivem o investimento, a formação profissional dos trabalhadores e a inovação, bem como reduzam os custos de contexto.
“Ao mesmo tempo queremos também ter o compromisso dos parceiros sociais que à medida que vamos tendo ganhos de produtividade caminhamos também para recuperar a porção dos rendimentos do trabalho na riqueza produzida em Portugal”, acrescentou o governante.
Siza Vieira fez ainda questão de indicar que é preciso subir os salários médios e medianos, valorizando os trabalhadores mais qualificados, especialmente os mais jovens. Este compromisso já tinha sido frisado por António Costa no primeiro debate quinzenal desta legislatura. “Temos hoje em dia a geração mais bem preparada de sempre, mas infelizmente ainda não temos a remuneração mais justa de sempre”, disse, nessa ocasião, o primeiro-ministro, defendendo que é preciso reforçar o “prémio remuneratório” para os jovens qualificados.
(Notícia atualizada às 10h38)
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