Lisboa arranca no vermelho. BCP e Navigator pressionam

O BCP prolonga as perdas da última sessão, devido à perspetiva de que não receba dividendos relativos a 2019 da subsidiária polaca. A pressionar o índice português está também a Navigator.

A bolsa nacional arranca a última sessão da semana com perdas, pressionada pelo setor papeleiro, bem como pela EDP Renováveis e pelo BCP, a afundar desta quinta-feira devido à perspetiva de que não receba dividendos relativos a 2019 da subsidiária polaca. A praça lisboeta acompanha assim as perdas sentidas pela Europa.

O PSI-20 perde 0,22% para 5.140,81 pontos, depois de ter encerrado no vermelho na sessão anterior. De entre as 18 cotadas nacionais, a maioria negoceia em “terreno” verde, uma está ainda inalterada e quatro seguem a valorizar.

Entre as perdas, o destaque vai para o BCP, que recua 1,20% para os 0,1974 euros. Isto depois de ser conhecido que o regulador do mercado na Polónia, o KNF, deverá manter os requisitos chave para a distribuição de dividendos nos bancos com maior volume de empréstimos em moeda estrangeira, continuando a limitar o pagamento de lucros aos acionistas. Um dos mais expostos é o Bank Millennium, detido a 50,1% pelo BCP.

O setor da pasta do papel também pesa no PSI-20 no início desta sessão. A Navigator cai 2,08% para os 3,48 euros, enquanto a Altri perde 0,44% para os 5,69 e a Semapa recua 0,29% para os 13,66 euros. Nota ainda para a Jerónimo Martins, cujos títulos cedem 0,07% para os 14,61 euros. Na última sessão, a retalhista foi negativamente influenciada pela decisão dos analistas da UBS de cortarem o preço-alvo das ações para 15,50 euros (contra os anteriores 16,00 euros).

Já nos ganhos o destaque vai para a Sonae Capita, que avança 1% para os 0,806 euros, e para a Corticeira Amorim, que segue a somar 0,19% para os 10,82 euros.

Pela Europa, a tendência também é negativa. O Presidente dos EUA, Donald Trump, assinou o projeto de lei que apoia os manifestantes em Hong Kong, algo que fez ressurgir as tensões comerciais entre os EUA e a China, o que penalizou o sentimento, apesar de a decisão já ser esperada pelos investidores. O índice pan-europeu Stoxx 600 recua 0,4%, enquanto o alemão DAX perde 0,5% e o francês CAC 40 e o espanhol IBEX 35 deslizam 0,3%.

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