Gucci negoceia compra da italiana Moncler
Depois de a LMVH ter fechado a aquisição da Tiffany, o setor do retalho de luxo mostra novo dinamismo. É a vez de a concorrente Kering entrar em negociações para comprar a Moncler.
A Kering, empresa-mãe de marcas como Gucci, Saint Laurent ou Balenciaga, está em negociações preliminares com a Moncler para uma fusão, segundo noticia a Bloomberg (acesso condicionado/conteúdo em inglês), que cita fontes próximas das conversações. Caso o negócio avance, a gigante do retalho de luxo poderá ter de pagar mais de 10 mil milhões de euros para comprar a retalhista especializada em vestuário para neve.
As conversações ainda são preliminares e não há certezas de que resultem numa proposta de aquisição, explica a Bloomberg. As ações da italiana Moncler acumulavam uma valorização de 33% este ano na bolsa de Milão até à última sessão (antes de serem conhecidas as negociações), sendo que a capitalização de mercado situava-se em 9,8 mil milhões.
Esta manhã, os títulos disparam 10% para 42,62 euros por ação e a capitalização bolsista aproximou-se de 11 mil milhões. Contactadas pela agência, nem a Kering nem a Moncler comentaram a notícia.
Atualmente, o maior acionista da Moncler (com 22,5% do capital) é a Ruffini do multimilionário Remo Ruffini, que é também CEO da empresa. Há ainda 13,2% distribuídos por fundos e 64,3% dispersos em bolsa. Estes são os acionistas que a Kering terá de conversar para comprar a Moncler.
A operação poderá permitir à retalhista competir com a expansão da concorrente LVMH. O maior grupo do mundo especializado em artigos de luxo, detentor de marcas como Louis Vuitton ou Dior, anunciou na semana passada ter chegado a acordo definitivo para a compra da empresa de joalheira Tiffany por 14,7 mil milhões de euros.
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