Semana de pouco movimento arranca negativa para as bolsas

A antecipação do Natal leva os volumes de negociação a recuarem nesta altura do ano. O sentimento negativo na China não está, no entanto, a permitir que as bolsas europeias sustentem ganhos.

Esta é uma das semanas de menor movimento nos mercados financeiros e arrancou com tendência ligeiramente negativa. O português PSI-20 abriu na linha de água, a par das principais praças europeias, depois de as ações chinesas terem fechado com fortes perdas.

A bolsa de Lisboa abriu a deslizar 0,1% para 5.239,19 pontos, sendo que as primeiras negociações foram entre ganhos e perdas ligeiros. Os CTT perdem 1,01% para 3,15 euros por ação, a EDP recua 0,5% e a Jerónimo Martins cede 0,10%. Em sentido contrário, Galp, Mota-Engil e REN seguem no verde, mas somam menos de 0,5%. A Navigator ganha quase 1%, depois de ter anunciado que vai distribuir reservas pelos acionistas, a partir do dia 9 de janeiro de 2020.

“Geralmente, a sessão de hoje é uma das menos movimentadas do ano”, lembram os analistas do BPI. “Salvo a ocorrência de um evento totalmente imprevisto, a sessão de hoje deverá ser relativamente calma, devendo-se assistir a uma quebra acentuada do volume”.

Apesar de ser uma sessão de antecipação do Natal (com as bolsas a fecharem mais cedo esta terça-feira), a Europa está a ser penalizada pelas bolsas asiáticas. As ações chinesas registaram a maior queda diária em seis semanas, depois de o fundo estatal ter anunciado desinvestimento no setor da tecnologia.

Neste cenário, a Europa acordou ligeiramente negativa. O índice pan-europeu Stoxx 600 abriu a perder 0,2%, enquanto o alemão DAX e o francês CAC 40 recuam 0,1%, o espanhol IBEX 35 cede 0,3% e o britânico FTSE 100 recua 0,2%. À medida que o efeito de contágio desvanecer, não é esperada grande movimentação na sessão.

Nesta fase do ano, os investidores mais participativos são aqueles que pretendem realizar menos valias por razões fiscais e os gestores de fundos. Este último tipo de investidor tende, no final do ano, a reformatar as suas carteiras. Existem fundos de investimento cuja alocação a obrigações e a ações deve cumprir uma determinada percentagem. Dada as perdas do primeiro ativo e a valorização do segundo, a percentagem de ações nas carteiras destes investidores poderá ser superior ao imposto. Assim sendo, tendencialmente estes gestores poderão vender ações e comprar obrigações”, acrescenta o BPI.

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