Pequim alerta UE sobre restrições “desastrosas” contra as empresas chinesas
A China alerta a União Europeia para as restrições de acesso de empresas chinesas ao bloco europeu. Pequim adverte que as políticas podem prejudicar os interesses europeus e impedem o investimento.
O embaixador chinês junto da União Europeia alerta o bloco europeu para as consequências de eventuais restrições das empresas chinesas no acesso à Europa. Zhang Ming considera que tais limitações põem em causa os próprios interesses europeus e impedem o investimento.
Segundo o diplomata, os planos para restringir a atividade empresarial chinesa, as oportunidades comerciais e a tecnologia de rede móvel 5G ameaçam provocar uma reação nos empresários chineses considerados “suspeitos”. Só em Portugal, há várias empresas chinesas com posições estratégicas no mercado português. EDP, EDP Renováveis, REN – Redes Energéticas Nacionais, Millennium BCP ou o grupo Luz Saúde.
Nesse sentido, Zhang Ming defende que os países europeus promovam a cooperação internacional, bem como, o mercado livre, caso contrário, será “desastroso” para eles. “O que espero é ver que a União Europeia cumpra os princípios do multilateralismo e comércio livre, assim como, os princípios de transparência, equidade, justiça e não-discriminação”, disse o diplomata em declarações ao Financial Times (acesso condicionado, conteúdo em inglês).
Estas declarações surgem cerca de duas semanas depois de o Financial Times ter avançado que a Comissão Europeia estará a está a avaliar formas de reduzir a concorrência desleal perante empresas europeias por parte de companhias estrangeiras apoiadas pelos seus Estados. A comissária europeia com a pasta da Concorrência, Margrethe Vestager, defende que algumas dessas empresas estão a conseguir utilizar o apoio do soberano para terem vantagem sobre outras empresas em processos de aquisição. “Descobrimos uma falha em que, por exemplo, uma empresa controlada por um país compra uma empresa europeia, podendo pagar o que bem entender já que está a utilizar dinheiros públicos”, diz Vestager, rematando que está a tentar encontrar formas de o evitar.
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