PCP questiona Governo se há um efetivo reforço do Serviço Nacional de Saúde
O PCP acusa Costa de fugir a várias questões essenciais sobre o SNS e acusa o Governo de transformar o serviço público "numa grande plataforma de drenagem de dinheiro para os grupos privados".
Em reação à mensagem de Natal de António Costa, o Partido Comunista Português (PCP) questiona o Governo se o maior reforço de sempre no orçamento inicial da Saúde servirá de facto para melhorar a qualidade do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e acusa o Executivo de transformar o serviço público “numa grande plataforma de drenagem de dinheiro para os grupos privados”.
“Quereremos saber se de facto este dinheiro é apenas para a integração da suborçamentação no Orçamento de 2020, se uma parte deste dinheiro vai para pagar dívida para percebermos o que resta para melhorar a qualidade do Serviço Nacional de Saúde“, disse Jorge Pires, membro da Comissão Política do Comité Central do PCP, em declarações aos jornalistas transmitidas pelas televisões.
Para os comunistas é fundamental tomar medidas de organização dos serviços, bem como, de gestão. Tudo isto, por forma a combater a “promiscuidade” entre o setor público e o privado, uma vez que, “neste momento 40% do Orçamento do Estado já vai para os grupos privados”. “É preciso combater este caminho que tem sido seguido que foi transformar o SNS numa grande plataforma de drenagem de dinheiro para os grupos privados”, atira Jorge Pires.
Além disso, o PCP considera ainda que é positiva a contratação de mais de 8.400 profissionais de saúde, mas alerta que faltam saber outros dados, como “quantos profissionais vão sair do SNS nos próximos dois anos, qual é a estimativa do Governo relativamente à emigração ou como é que o Governo vai tornar o SNS mais atrativo para fixar os profissionais, nomeadamente médicos e enfermeiros”.
Bastante críticos da fuga de profissionais do serviço público para o privado, os comunistas temem que os profissionais continuem a optar por ir para o privado. “A avaliar pelas politicas que vão sendo seguidas vão certamente continuar a licenciar unidades privadas por todo o pais que depois vêm ao serviço público buscar os profissionais de que necessitam”.
Na tradicional mensagem de Natal, o primeiro-ministro sublinhou que a proposta de Orçamento do Estado para 2020 contempla o maior reforço de sempre no orçamento da Saúde e confere maior autonomia aos hospitais para garantir uma maior eficiência e responsabilidade na gestão do seu dia-a-dia”, reforçando que o Serviço Nacional de Saúde é um “poderoso instrumento de igualdade e progresso social ao serviço de todos”.
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