Portugal vai emitir até 4,5 mil milhões em dívida de curto prazo no primeiro trimestre
Primeiro leilão de bilhetes do Tesouro acontece na próxima semana, segundo a agência que gere a dívida pública. No total do ano, prevê emitir 13.252 milhões, sendo que tem 11.983 milhões a reembolsar.
Portugal vai ao mercado para emitir até 4,5 mil milhões de euros em dívida de curto prazo no primeiro trimestre do ano, segundo revela o programa de financiamento da Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública – IGCP. O primeiro leilão de bilhetes do Tesouro (BT) será já na próxima semana.
“Em 2020, espera-se que o financiamento líquido resultante da emissão de BT resultará num impacto positivo de 1,3 mil milhões de euros”, revela esta segunda-feira a agência liderada por Cristina Casalinho. “O IGCP manterá a realização de leilões mensais de BT na 3ª quarta-feira de cada mês e, se a procura de investidores o justificar, pode usar também a 1ª quarta-feira”.
O primeiro leilão de BT no primeiro trimestre de 2020 vai acontecer na quarta-feira, dia 15 de janeiro. O IGCP pretende colocar, nesse dia entre 1.500 milhões e 1.750 milhões de euros, a seis e 12 meses. Depois disso, haverá novas colocações de BT a 19 de fevereiro e a 18 de março. No total, poderão ser emitidos entre 3.750 milhões e 4.500 milhões de euros entre janeiro e março.
Ao longo de 2020, o IGCP prevê emitir um total de 13.252 milhões de euros, sendo que tem 11.983 milhões de euros a reembolsar ao mercado. Ou seja, o impacto positivo líquido será de cerca de 1.270 milhões de euros. A par da dívida de curto prazo, “será mantida a estratégia de emissão ao longo de toda a curva, combinando prazos curtos com prazos longos”, explica ainda o Tesouro.
Assim, “um montante de 16,7 mil milhões de euros será obtido via emissão bruta de OT [obrigações do Tesouro], combinando sindicatos e leilões, assegurando emissões mensais“. No caso destes títulos, há 8.019 milhões de euros por reembolsar, pelo que o montante líquido estimado é de 8.698 milhões de euros.
“Os leilões de OT terão a participação dos Operadores Especializados de Valores do Tesouro (OEVT) e Operadores de Mercado Primário (OMP) e serão realizados à 2ª e 4ª quartas-feiras de cada mês. O montante indicativo e as linhas de OT a reabrir serão anunciados ao mercado até três dias úteis antes do leilão”.
O IGCP deixa ainda em aberto a realização de operações de troca e recompras de títulos, tal como tem feito nos últimos anos para dar uso aos baixos custos de financiamento em mercado. A taxa de juro média paga pela dívida emitida por Portugal entre janeiro e novembro fixou-se em 1,1%, um novo mínimo histórico, sendo que se espera que os dados do total de 2019 revelem os custos mais baixos de sempre.
(Notícia atualizada às 16h25)
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