Aon decide até março se avança sobre Willis Towers Watson
A Aon admite reatar as negociações para aquisição da concorrente Willis Towers Watson, uma operação até agora descartada depois de rumores que agitaram o mercado, em março de 2019.
A AON dispõe de um período que termina em março para definir se as negociações com a Willis Towers Watson continuam ou não, disse Eduardo Dávila, actual CEO da Aon para os mercados ibérico e do Médio Oriente, em declarações ao jornal espanhol CincoDías.
A possível aquisição da irlandesa Willis Towers Watson pela companhia londrina foi inicialmente revelada pela imprensa norte-americana em março do ano passado. Mas, depois de assumir o ‘facto relevante’ da existência de conversações, a Aon acabou por desistir da operação. Porém, em comunicado divulgado ao mercado poucas horas depois de a operação abortar, a Aon avisou que esta decisão poderia ser anulada num prazo até 12 meses.
Na entrevista à publicação espanhola, Dávila referiu que a proposta para aquisição da concorrente era de 24 mil milhões de dólares (cerca de 21 500 milhões de euros), mas o rumor há cerca de um ano teve forte impacto sobre os títulos de ambas as companhias cotadas em bolsa. De tal modo, que os termos económicos da potencial operação tornaram-se inviáveis, explicou.
Recordando que a Aon mantém a sua estratégia de aquisições à escala global e local, o executivo espanhol acrescenta que a potencial compra da Willis continua a ser «uma possibilidade em aberto, mas não exclusiva.»
A Aon, um dos maiores grupos globais no setor de corretagem e consultoria de seguros e resseguro, tem na irlandesa Willis Towers Watson, a sua principal concorrente na atividade de corretagem.
De acordo com um ranking estabelecido pela AM Best, em meados de 2019, a Aon era a segunda maior corretora de seguros do mundo (com 10 mil milhões de dólares de receita anual), atrás da Marsh & McLennan (1ª da lista com 14,02 mil milhões de dólares). A Willis Towers Watson ocupava o 3º posto, exibindo um turnover de 8,2 mil milhões de dólares, logo seguida da Arthur J. Gallagher (6,6 mil milhões) e da BB&T Insurance Holdings, com 1,92 mil milhões, a fechar o top5 das maiores em volume de negócios.
Eduardo Dávila foi diretor geral da Aon Portugal entre 2006 e 2008. Daí para diante assumiu responsabilidades sobre a região da Galiza e, em 2012, foi nomeado para a direção executiva do mercado ibérico, fixando-se em Madrid. Desde 2016, acumula a administração executiva dos mercados ibérico e do Médio Oriente.
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