Atrasos na ferrovia? “Não posso dizer que não vamos falhar um prazo”, diz ministro
Para o ministro das Infraestruturas, os atrasos na Ferrovia 2020 não dependem unicamente do Estado. E, nesse sentido, diz que o Governo não pode garantir que não haverá atrasos.
O ministro das Infraestruturas e da Habitação diz que o Governo não pode assegurar que não haverá atrasos na concretização do Ferrovia2020, dado que “muitos atrasos não são imputáveis ao Estado”. Ainda assim, durante uma audição no Parlamento, Pedro Nuno Santos diz que o Executivo vai unir esforços nesse sentido, visto que é importante que esse investimento seja feito até 2023 para que não se perca o direito a fundos comunitários.
“Ainda não conseguimos recuperar, mas temos muitos problemas nos atrasos de projeto que não são imputáveis ao Estado“, começou por dizer o ministro, acrescentando que muitas obras estão atrasadas porque “não têm mão-de-obra necessária”.
Além disso, continuou: “o investimento público depara-se com um conjunto de regras — que não pomos em causa porque garantem a transparência –, mas que, obviamente, atrasam quando comparamos com o investimento que os privados conseguem fazer”.
Nesse sentido, Pedro Nuno Santos assinalou que não pode garantir que não haverá atrasos na execução da Ferrovia2020. “Não posso dizer que, a partir de agora, não vamos falhar um prazo“, afirmou, explicando que o Governo está a “tentar identificar o que depende do Estado para garantir que não há mais atrasos”. Mas voltou a sublinhar que “nem tudo depende do Estado”.
Ainda assim, deixou no ar uma modesta promessa: “Vamos trabalhar a sério para executar os objetivos a que nos propusemos. Neste início de exercício não consigo dizer muito mais do que: partimos com a intenção séria de executar o que nos propomos. Mas conscientes das dificuldades, vamos concretizar este objetivo com empenho”, afirmou.
E é ainda mais importante que este compromisso assumido pelo ministro das Infraestruturas seja cumprido, dado que haverá consequências caso isso não aconteça. “Temos de conseguir executar o investimento até dezembro de 2023, caso contrário podemos perder os fundos comunitários. Estamos a dar o nosso melhor para reduzir ao mínimo esse risco”, rematou.
(Notícia atualizada às 19h04 com mais informação)
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