Advogado de Isabel dos Santos diz que nunca controlou offshore no Dubai
Advogado de Isabel dos Santos esclarece que nunca teve "qualquer intervenção que não a de constituir formalmente a sociedade"
Jorge Brito Pereira, advogado de Isabel dos Santos e atual chairman da Nos, nega que tenha controlado ou exercido poderes na Matter Business Solutions, a offshore da empresária angolana no Dubai para onde terão sido desviados mais de 100 milhões de euros em fundos públicos da Sonangol. Garante ainda que nunca teve “qualquer intervenção que não a de constituir formalmente a sociedade”.
De acordo com o Expresso, na sequência das investigações de um consórcio internacional de jornalistas (ICIJ), Isabel dos Santos terá feito com que a Sonangol transferisse pelo menos 115 milhões de dólares de fundos públicos para o Dubai.
Essas transferências, justificadas como pagamento de serviços de consultoria prestados à Sonangol, terão tido como destino uma conta bancária da Matter Business Solutions, uma companhia offshore controlada pelo principal advogado da empresária angolana, o português Jorge Brito Pereira, sócio da Uría Menéndez, o escritório de Proença de Carvalho, segundo o jornal. Do dinheiro que terá ido parar ao Dubai ao longo da segunda metade de 2017, 57,8 milhões de dólares terão sido pagos em três transferências executadas a 16 de novembro de 2017, já depois de a empresária angolana ter sido demitida da presidência da Sonangol, a 15 de novembro.
Em reação a esta notícia, Jorge Brito Pereira diz que a ideia de que teria algum controlo sobre aquela offshore é “em absoluto falsa”, segundo um esclarecimento do advogado citado pelo Observador (acesso livre).
“Não tenho, nem nunca tive, qualquer ação nessa sociedade, nunca ocupei qualquer cargo nos órgãos sociais, nunca movimentei qualquer conta bancária e, em suma, nunca tive qualquer intervenção que não a de constituir formalmente a sociedade, com os poderes que me foram conferidos pela sua acionista única, no exercício da minha profissão de advogado”, reitera o advogado.
"Nunca tive qualquer intervenção que não a de constituir formalmente a sociedade, com os poderes que me foram conferidos pela sua acionista única, no exercício da minha profissão de advogado.”
Jorge Brito Pereira explica que “a procuração que foi usada para tal corresponde a um documento geral e estandardizado que, efetivamente, me confere um conjunto de poderes latos e abrangentes, os quais, sem prejuízo, nunca foram por qualquer forma – para além do ato de constituição formal da sociedade, repito – exercidos”.
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