Procuradoria-Geral de Angola admite emitir mandado de captura de Isabel dos Santos
O procurador-geral de Angola admite que está em curso uma investigação a Isabel dos Santos e que, se a lei permitir, poderá emitir um mandado de captura.
O procurador-geral de Angola (PGR), Hélder Pitta Gróis, admite, ao Expresso (acesso condicionado), avançar com um mandado de captura de Isabel dos Santos. Hélder Pitta Gróis adianta que, no âmbito da investigação por branqueamento de capitais a correr contra a empresária angolana, já foi pedida a colaboração a vários países, nomeadamente a Portugal, Inglaterra, Suíça e Brasil.
A investigação do Ministério Público angolano teve origem num requerimento da própria Isabel dos Santos, de se fazer um inquérito, não à atividade dela, mas à do seu sucessor na gestão da Sonangol, Carlos Saturnino, conta Hélder Pitta Gróis, em entrevista ao Expresso. “À medida que fomos fazendo esse trabalho verificámos havia algumas questões relacionadas com ela que tinham matéria que podemos dizer criminal”, diz.
Estas questões “têm a ver com a má gestão, uma gestão danosa, uma gestão gravosa”, diz Hélder Pitta Gróis. Há “situações de branqueamento de capitais, algumas de negócios consigo própria”, continua.
A empresária ainda não foi, no entanto, ouvida neste inquérito porque “assim que foi notificada, no mesmo dia abandonou o país”, aponta. Iria ser ouvida ainda como declarante e não como arguida, sendo que o processo de inquérito está a ser concluído.
Questionado sobre se é uma possibilidade emitir um mandado de captura, Hélder Pitta Gróis reitera que a lei dá essa faculdade, caso haja um processo-crime em curso. Dependerá do caso específico de Isabel dos Santos, sendo que, “se a lei permitir, utilizamos todos os meios que a lei nos permite”, diz o PGR angolano.
Hélder Pitta Gróis adianta que já foi pedida a colaboração internacional a vários países no processo, nomeadamente a Portugal, Inglaterra, Suíça e Brasil.
(Notícia atualizada às 19h30)
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