EDP diz que central de Sines vai continuar a operar “enquanto as margens permitirem”

Mexia apontou a "imparidade de Sines" como uma das causas para a queda dos lucros em 2019, ano em que a atividade em Portugal deu prejuízo.

O presidente executivo da EDP afirmou esta quinta-feira que a central de Sines, apesar de estar a operar “muito menos” horas do que em 2018, vai continuar em funcionamento “enquanto as margens o permitirem”, pelo menos, até 2023.

“Sines operou muito menos horas, mas muito menos, em 2019 do que em 2018. É provável que ainda opere menos horas este ano. Iremos fazer a operação em Sines, enquanto as margens o permitirem. Hoje não se justifica nenhuma decisão contrária a esta”, sublinhou António Mexia, em conferência de imprensa, em Lisboa.

O líder da EDP disse ainda que, “em princípio”, a central “não pode operar além de 2023”, meta do Governo para o fim da produção de eletricidade com carvão, mas, até lá, a empresa quer continuar a garantir “margens positivas”.

Em 19 de dezembro, a EDP informou que a perda de competitividade das centrais elétricas a carvão teria um custo extraordinário de 300 milhões de euros e um impacto negativo nos resultados de 2019 de 200 milhões de euros.

Na conferência de imprensa de apresentação de resultados, António Mexia apontou a “imparidade de Sines” como uma das causas para a queda dos lucros em 2019, ano em que a atividade em Portugal deu prejuízo.

A EDP é dona de três centrais a carvão, a de Sines, distrito de Setúbal, em Portugal, e duas em Espanha.

No discurso de tomada de posse, em outubro, o primeiro-ministro, António Costa, anunciou que o seu Governo está preparado para encerrar a central de Sines – da EDP – em setembro de 2023.

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