Marcas de luxo enfrentam perdas de 40 mil milhões com Covid-19
Os principais fabricantes de artigos de luxo estimam que o surto do Covid-19 em todo o mundo venha a provocar perdas até 40 mil milhões de euros.
Os principais fabricantes de artigos de luxo estimam um impacto entre 30 mil milhões a 40 mil milhões de euros nas suas receitas, na sequência do surto do coronavírus que já infetou mais de 80 mil pessoas em todo o mundo. Na China, um dos maiores mercados de luxo, as vendas “pararam repentinamente”.
Os executivos consultados pelas consultoras Alliance Bernstein e Boston Consulting Group disseram esperar que a epidemia do Covid-19 reduza entre 9% a 11% as vendas globais das principais marcas e luxo.
“As vendas na China pararam repentinamente e a falta de chineses a viajar está a travar as vendas em toda a Ásia e na Europa”, notaram os responsáveis da Alliance Bernstein.
A China representa mais de um terço das receitas dos fabricantes de artigos de luxo, segundo a consultora. É também o principal foco de preocupação com o coronavírus.
O Covid-19 surgiu em dezembro em Hubei, no centro da China, e já infetou cerca de 80 mil pessoas em dezenas de países. Na China continental foram registados 77.658 casos, 2.663 dos quais mortais. Em Hong Kong há 81 casos, dois mortais, e em Macau 10 casos.
O segundo país mais afetado é a Coreia do Sul, com 977 casos e 11 mortes, seguida do Japão, com 850 casos (quatro mortais), incluindo pelo menos 691 no cruzeiro Diamond Princess, onde no sábado foi confirmada a infeção de um cidadão português.
Itália surge em quarto lugar, registando 283 casos de infeção por Covid-19, sete deles mortais, e o Irão em quinto, com 95 casos e 15 mortes.
No geral, a Alliance Bernstein baixou as perspetivas para as vendas em 6%, em média, embora os fabricantes mais expostos ao mercado chinês ou do segmento “hard luxury” sejam os mais penalizados.
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