Distrital do PSD exige demissão imediata do presidente do Conselho Metropolitano
A Distrital do Porto considera que Eduardo Vítor Rodrigues geriu, recentemente, o protocolo sobre a expansão do Metro do Porto de forma “apressada e improvisada”, exigindo a sua demissão imediata.
A Distrital do Porto do PSD exigiu esta quarta-feira a demissão imediata do presidente do Conselho Metropolitano, acusando o socialista Eduardo Vítor Rodrigues de demonstrar “incompetência, opacidade e inépcia” na condução do dossiê relacionado com a extensão do metro.
“A Comissão Política Distrital do PSD do Porto exige a demissão imediata do presidente do Conselho Metropolitano do Porto. Nunca a Área Metropolitana do Porto [AMP] viveu tempos tão conturbados e difíceis, como hoje. Em toda a sua história, nunca o Conselho Metropolitano do Porto teve, como agora, um presidente que envergonha o passado de prestígio e de reconhecimento de todos aqueles que sempre defenderam a coesão metropolitana e lutaram por projetos comuns e aglutinadores”, lê-se em comunicado enviado à agência Lusa.
O PSD/Porto considerou que Eduardo Vítor Rodrigues geriu, recentemente, o protocolo sobre a expansão do Metro do Porto de forma “apressada e improvisada”, considerando que esta “foi a gota de água, num processo que se arrasta há demasiado tempo”.
“Eduardo Vítor Rodrigues não tem visão e não revela capacidade de liderança para gerir os interesses da AMP, nem para reivindicar o necessário investimento para projetar e desenvolver os 17 municípios que a constituem. A prová-lo está a ausência de nove dos 17 presidentes de Câmara da AMP na cerimónia de assinatura deste protocolo inútil”, apontou o PSD/Porto, liderado por Alberto Machado.
A distrital social-democrata acusou o socialista, que é também presidente da Câmara de Vilas Nova de Gaia, de “incompetência, opacidade e inépcia” na gestão na gestão de um processo que considera ser “talvez um dos mais importantes desde a fundação da AMP”, mas que foi, refere o comunicado, “congeminado por um par de autarcas e pela Metro do Porto, sob orientação do Ministério do Ambiente”.
“Foi só mais uma demonstração da falta de empenhamento e interesse, que se vem somar a um vastíssimo conjunto de situações obscuras e pouco transparentes, que têm gerado mal-estar entre a maioria dos municípios da Área Metropolitana. A AMP é hoje, infelizmente, gerida a partir de Lisboa, comandada por dois ou três presidentes de Câmara, da mesma cor política do Governo, que a troco de meia dúzia de obras, têm vendido a alma do Norte”, continua o PSD/Porto.
Para a estrutura social-democrata é, assim, “urgente” que Eduardo Vítor Rodrigues “se demita das funções” que considera que o autarca “não as soube honrar”.
“Como presidente do Conselho Metropolitano, já não reúne, há muito, a confiança institucional dos seus pares e não mostra nem força política, nem capacidade negocial. Os dossiês metropolitanos não são discutidos há meses, e as decisões são repetidamente tomadas num secretismo incompreensível, sem delas dar conhecimento aos membros do Conselho Metropolitano”, acusa o PSD/Porto que acusa Eduardo Vítor Rodrigues de “comportamento errático” e de estar “a fragilizar a região Norte”.
“E se analisarmos os contornos dos vários projetos e resoluções que têm sido decididos na AMP, ficamos ainda mais preocupados, desde logo, quando percebemos que o engenheiro Tiago Braga, nomeado presidente do Conselho de Administração na Metro do Porto, em 2019, já ocupou inúmeros cargos de confiança política de Eduardo Vítor Rodrigues”, refere a nota do PSD/Porto que, falando em “pântano de influências”, questiona: “será apenas coincidência?”.
Para o PSD/Porto, “o Governo está em falta para com esta região” porque “várias linhas de metro estão sacrificadas, em nome de outros interesses que não a melhoria da qualidade de vida das populações locais” e, continua a critica dos sociais-democratas portuenses, “há mais de uma década que os estudos para as linhas prioritárias estão feitos e assumidos”.
A agência Lusa contactou o presidente da AMP, tendo Eduardo Vítor Rodrigues respondido: “Só posso acreditar que o espírito de Carnaval se prolongou por mais um dia para o PSD Porto”.
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