Indústria farmacêutica tranquila com o coronavírus. Stocks de medicamentos estão assegurados
Para já, a indústria farmacêutica está tranquila relativamente aos impactos do coronavírus, mas não há garantias se a situação se prolongar no tempo.
A indústria farmacêutica é um dos setores que foi convocado pelo Ministério da Economia para avaliar os impactos do coronavírus em Portugal. Mas do lado dos medicamentos a mensagem é de tranquilidade. Tendo em conta que se trata de um setor altamente regulado, tem medidas de contingência para vários cenários, e há stock de medicamentos e de matéria-prima para o fabrico dos mesmos, garantiu fonte da instituição ao ECO. No entanto, se a epidemia se prolongar, não há garantias.
O ministro da Economia vai reunir esta tarde com os patrões e com associações empresariais para avaliar os impactos económicos do coronavírus. Pedro Siza Vieira vai “reunir com as associações empresariais para detetar, em concreto, quebras em algumas cadeias de fornecimento, designadamente na área industrial, para componentes com origem na China”, onde a doença parou fábricas e “está interrompido o fluxo de fornecimento de peças”, afirmou António Costa, esta manhã, à margem da apresentação do novo programa de ação “Justiça + Próxima”, em Lisboa. “Isso obviamente tem consequências”, disse o chefe do Governo, em declarações aos jornalistas, admitindo que o Executivo irá igualmente “verificar outras” quebras.
Mas do lado da indústria farmacêutica essas quebras ainda não se sentem. Como explicou ao ECO fonte da Apifarma “até ao momento não há razões para preocupação“, tendo em conta o “conjunto de indicadores monitorizados” pela instituição. “Nem ao nível do fornecimento de medicamentos nem a produção dos mesmos está em causa. Temos bastantes stocks“, acrescenta a mesma fonte, explicando que “ao longo dos anos, a indústria farmacêutica desenvolveu rigorosos métodos de gestão das cadeias de fornecimento que permitem reagir a problemas internos ou até a choques externos como o atual, para minimizar o risco de interrupção de fornecimento de medicamentos”. “Essas práticas são desencadeadas, proativamente, sempre que se verifica um potencial risco de rutura“, acrescentou a instituição.
“Caso exista uma potencial alteração do normal fornecimento de embalagens, a indústria farmacêutica ativará os planos de contingência e trabalhará em cooperação com todas as entidades, a fim de garantir que os doentes têm acesso aos medicamentos de que necessitam”, acrescenta a instituição, dando como exemplo, a procura de outras zonas do globo“, frisou ainda.
Sem adiantar qual será a posição da Apifarma na reunião com Siza Vieira, a associação não se compromete com o futuro. “Em termos temporais não posso dizer nada”, concluiu a mesma fonte.
(Notícia atualizada com mais informação)
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