Banca portuguesa está a “sobreviver com comissões”, diz Correia de Campos
O presidente do Conselho Económico e Social diz que o setor financeiro ainda não recuperou, estando a sobreviver a partir das comissões.
O presidente do Conselho Económico e Social (CES) defende que o setor bancário em Portugal ainda não está recuperado, apontando que a banca”saiu de uma enormíssima crise e ainda não encontrou a sua estrada de Damasco”. António Correia de Campos aponta ainda que o setor está a “sobreviver com comissões”.
Neste setor “há um problema importante”, notou o presidente do CES, enquanto fazia um primeiro comentário ao Relatório relativo a Portugal de 2020 elaborado pela Comissão Europeia, na representação portuguesa desta instituição. O relatório nota que os bancos portugueses melhoraram a qualidade dos ativos, mas que continuam a estar vulneráveis a choques.
O setor financeiro tem vindo a recuperar, apresentando resultados cada vez mais positivos ao mesmo tempo que reduz o peso dos créditos em incumprimento. Parte dos lucros tem sido obtida com o agravamento dos custos para os clientes. Correia de Campos nota isso mesmo. Diz que o setor está a “sobreviver com comissões”.
Menos investimento público? É o défice
Na análise do relatório da Comissão Europeia, Correia de Campos falou ainda do investimento público, notando que este aumentou menos porque foi usado como variável de ajustamento.
“Ou temos investimento público e temos défice, ou não temos investimento público para cumprir as obrigações do défice”, afirmou o presidente do CES que falhou, recentemente, a reeleição para o CES. Decidiu, mais tarde, desistir da candidatura.
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