Benfica lucra 104,2 milhões no primeiro semestre

  • ECO
  • 6 Março 2020

A SAD do Benfica apresentou pelo sexto ano consecutivo um lucro nos primeiros seis meses de atividade. Foram 104, 2 milhões de euros. João Félix gerou uma mais-valia de 108,2 milhões de euros.

A Sociedade Anónima Desportiva (SAD) do Benfica registou um resultado líquido de 104,2 milhões de euros no primeiro semestre do exercício de 2019/20, “o que representa uma melhoria de 639,8% face aos 14,1 milhões de euros” do período homólogo, segundo um comunicado oficial enviado ao mercado. Estes resultados, históricos, são consequência direta da venda do passe do jogador João Félix ao Atlético de Madrid “por um montante de 126 milhões de euros”, o que permitiu uma mais-valia de 108,2 milhões de euros.

EPA/FERNANDO VELUDO

No momento em que o Benfica está sob pressão, depois de ter perdido o primeiro lugar no campeonato, e das investigações judiciais que atingem os principais clubes e dirigentes como Luís Filipe Vieira, este comunicado ao mercado revela que, em matéria de contas, a SAD encarnada lidera o campeonato.

  1. Os rendimentos totais no semestre ascendem a 244,3 milhões de euros, o que representa um crescimento de 94,3% face ao período homólogo, um recorde absoluto.
  2. Os rendimentos com transações de direitos de atletas superam os 137 milhões de euros.
  3. O ativo ultrapassa a barreira histórica dos 600 milhões de euros, atingindo em 31 de dezembro de 2019 um valor de 608,7 milhões de euros, o que representa a um crescimento de 25,8% face ao final do exercício anterior.
  4. A dívida líquida a 31 de dezembro de 2019 ascende a 45,8 milhões de euros, o que corresponde ao valor mais reduzido dos últimos anos.
  5. O capital próprio ultrapassou a barreira histórica dos 200 milhões de euros, ascendendo em 31 de dezembro de 2019 a um valor de 223,4 milhões de euros.

Se há comunicado sobre as contas, continua a não haver um comunicado ao mercado sobre a Oferta Pública de Aquisição (OPA) do Benfica ao Benfica SAD. A Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) está há três meses a questionar o oferente sobre o preço oferecido — cinco euros por ação — e sobre um potencial conflito de interesses que existe no processo de compra de ações do Benfica entre Luís Filipe Vieira, o presidente do clube e da SAD, e o maior acionista individual, o “empresário dos frangos” José António Santos. E passados estes meses, ainda não se sabe quando haverá resposta do regulador do mercado de capitais.

Esta sexta-feira, o Expresso revelou que José António dos Santos, presidente do Grupo Valouro, aumentou a sua participação na SAD do Benfica, ao comprar os 2,7% a Joaquim Oliveira, passando a deter, pelo menos, 15,4% da sociedade.

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