CGD e BCP com casos confirmados de Covid-19. Banca reforça planos de contingência
Os bancos portugueses estão a implementar medidas para limitar a disseminação do surto, como o condicionamento do número de clientes no interior dos balcões.
A banca está a reforçar os canais digitais para responder ao surto de coronavírus, mas estão entre os serviços que continuam a funcionar. Entre planos de contingência reforçados tanto a Caixa Geral de Depósitos (CGD) como o BCP já têm casos de Covid-19 confirmados entre os seus trabalhadores.
Após a notícia da TSF (acesso livre) de que haveria casos positivos de Covid-19 na CGD a condicionarem o atendimento ao público na sede do banco, fonte oficial confirmou ao ECO que há doentes confirmados, sem adiantar quem são as pessoas. Negou, no entanto, que as alterações no funcionamento estejam relacionadas com estes casos. Segundo a mesma fonte da CGD, os constrangimentos estão associados ao plano de contingência em curso desde sexta-feira.
O banco comunicou aos trabalhadores que foram tomadas “medidas logísticas inéditas” no edifício sede. Parte dos colaboradores estão a trabalhar a partir de casa, em teletrabalho, estão encerradas algumas áreas do edifício da Avenida João XXI e está a ser incentivar a utilização de canais alternativos por parte dos clientes.
O BCP registou um caso há mais de uma semana, tendo-se tratado de uma funcionária que trabalha no edifício do banco no Gonçalo Sampaio, e cujo marido é médico e foi um dos primeiros casos registados em Portugal. Assim que soube, a trabalhadora ficou em casa e todo o piso ficou em quarentena. Desde então não se registou mais nenhum caso no banco, que não faz qualquer comentário. Já o BPI e o Santander Totta confirmaram ao ECO que não têm casos confirmados.
Os bancos portugueses têm anunciado medidas para limitar a disseminação do surto, como o condicionamento do número de clientes no interior dos balcões ao número de bancários disponíveis a cada momento na parte do atendimento ao público. Trata-se de uma medida sanitária e de saúde pública que visa minimizar o risco de contágio do novo coronavírus tanto para os trabalhadores das instituições financeiras como para os próprios clientes, ao limitar o número de pessoas dentro de espaços fechados como são as agências.
Está garantida a prestação de todos os serviços bancários. Porém, no caso de haver um fluxo maior face à disponibilidade dos funcionários no atendimento, muitos clientes terão de aguardar do lado de fora da agência para ser atendido. A medida vai começar a ser aplicada durante a próxima semana pelos vários bancos.
Mantém-se a recomendação de privilegiar os canais digitais — homebanking ou aplicações dos bancos — na realização de operações quotidianas, como pagamentos, consultas de extratos bancários ou transferências. Adicionalmente, em vez da deslocação a uma agência, poderá usar a rede de ATM.
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