Cofina pede à CMVM para declarar fim da OPA sobre TVI

Grupo de media liderado por Paulo Fernandes solicitou ao regulador do mercado que considere extinto o procedimento da oferta lançada sobre a dona da TVI.

A Cofina pediu ao regulador do mercado que declare a certidão de óbito da oferta pública de aquisição (OPA) que lançou sobre a Media Capital, grupo que detém o canal de televisão TVI.

Segundo informou esta quarta-feira, o grupo de media liderado por Paulo Fernandes apresentou “à CMVM um requerimento em que se solicita que se considere extinto o procedimento da oferta, por impossibilidade definitiva de verificação de um dos requisitos de que dependia o respetivo lançamento, e, subsidariamente, a revogação de tal oferta, por alteração das circunstâncias”.

De acordo com o Código de Valores Mobiliários, em caso de alteração imprevisível e substancial das circunstâncias, como alega a Cofina, o “oferente, em prazo razoável e mediante autorização da CMVM, modificar a oferta ou revogá-la”.

Tanto a Cofina como os espanhóis da Prisa — donos da Vertix, que controla 95% da Media Capital — já tinham confirmado a resolução do contrato de compra e venda da Media Capital, responsabilizando-se mutuamente pelo fim do negócio.

Do lado da Cofina, refere-se que a Prisa não quis voltar à mesa das negociações para alterar os termos do negócio, razão pela qual o contrato foi considerado resolvido.

“A declaração de resolução funda-se, entre outros aspetos, numa inesperada e muito significativa degradação da situação financeira e perspetivas da Vertix e da Media Capital, especialmente agravadas pelo presente contexto de emergência causado pela pandemia Covid-19, e no comportamento da Prisa”, explicou.

Já os espanhóis consideram que “o acordo de compra e venda foi resolvido” porque foi a Cofina que “voluntariamente violou as suas obrigações contratuais”, nomeadamente ao abortar o aumento de capital que iria financiar parcialmente esta compra.

Apesar do ponto final no negócio, há dois temas que ainda não estão resolvidos entre as duas partes. Por um lado, a caução de dez milhões de euros que a Cofina pagou e quer ver devolvida. Por outro, a Prisa anunciou que tomará “todas” as medidas contra a Cofina na prossecução dos interesses dos seus acionistas, depois de a Cofina ter abortado a operação de compra da TVI.

(Notícia atualizada às 20h15)

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