Prisa avança mesmo contra Cofina. Recusa renegociar venda da TVI

O grupo espanhol rejeitou a proposta da Cofina de renegociar a compra e venda da Media Capital. Mantém que vai avançar contra o grupo de Paulo Fernandes para o forçar a comprar a TVI por 205 milhões.

A Prisa considera que “não é apropriado” renegociar com a Cofina o contrato de compra e venda da Media Capital, reiterando que “tenciona e vai continuar a perseguir todas as medidas e ações contra a Cofina na defesa dos seus interesses, dos acionistas e de outros afetados pela situação criada” pela dona do Correio da Manhã.

Num comunicado enviado à CMVM, a empresa justifica esta recusa por defender que “houve uma violação prévia do referido contrato pela Cofina”, nomeadamente pelo facto de o grupo de media português ter abortado o aumento de capital que iria financiar parcialmente a operação de forma “voluntária”.

O grupo liderado por Manuel Mirat “reitera o seu entendimento de que a Cofina violou o acordo […] na sequência do aborto voluntário ao aumento de capital aprovado pelos seus acionistas a 29 de janeiro de 2020”. Deste modo, “rejeita os pressupostos sobre os quais a Cofina pretende agora assentar a resolução do acordo”.

Isto acontece depois de, na sexta-feira, a Cofina ter dado “sete dias” à dona da Media Capital para renegociar o contrato, perante o deteriorar das audiências da TVI e das condições de mercado por causa do coronavírus. Numa nota enviada aos mercados, a Cofina ameaçou rasgar o contrato em caso de rejeição — uma condição que, com o comunicado da Prisa, poderá estar verificada.

Este é o mais recente capítulo do negócio da compra da Media Capital pela Cofina, uma operação que chegou a ser dada como em vias de concluída. Na semana passada, o grupo surpreendeu o mercado ao anunciar o insucesso do aumento de capital de 85 milhões de euros. Mais tarde, justificou ter falhado a operação por terem ficado por subscrever menos de três milhões de euros em novas ações.

(Notícia atualizada pela última vez às 11h05)

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