Espanha regista 769 mortos em 24 horas. Há mais de 64 mil infetados

O número de infetados por coronavírus no país vizinho já ultrapassa os 64 mil. Só nas últimas 24 horas morrerem 769 pessoas devido à pandemia que já provocou a morte a 4.858 pessoas.

Em apenas 24 horas, morreram 769 pessoas infetadas com coronavírus em Espanha, de acordo com o El País (conteúdo em espanhol). Ao todo, o país regista 4.858 vítimas mortais devido à pandemia, estando 64.059 infetados com Covid-19.

Com este número de mortos, Espanha já ultrapassou os números da China, sendo que Itália continua a ser o país com o maior número de vítimas de Covid-19.

De notar que dos mais de 64 mil infetados, mais de 36 mil estão hospitalizados e nove mil já recuperaram. Contudo, 4.165 estão nos cuidados intensivos, pelo que o número de vítimas mortais poderá aumentar.

O ministro da saúde espanhol, Salvador Illa, diz que Espanha pode estar a aproximar-se do “pico da curva” de contágios do novo coronavírus, após a qual se inicia uma fase de estabilização da pandemia. O ministro explicou que o aumento médio de casos notificados entre 28 de fevereiro e 16 de março foi de cerca de 40%, enquanto no período entre 17 e 24 de março o aumento médio foi de cerca de 20%.

“A confirmar-se esta tendência geral, isso indicaria que o número de casos notificados pode estar a aproximar-se do máximo, a que coloquialmente chamamos o pico da curva”, disse Salvador Illa.

Segundo o último balanço da AFP, mais de 22 mil pessoas morreram em todo o mundo por Covid-19, sendo que já existem pelo menos 501.556 infetados. Em Portugal, há 3.544 casos de Covid-19, sendo que o número de mortes subiu quinta-feira para 60.

Profissionais de saúde infetados aumentaram 75% em três dias

O número de profissionais de saúde em Espanha infetados pelo novo coronavírus aumentou 75% desde terça-feira e eleva-se esta sexta-feira a 9.444 pessoas, representando 14,7% do total de infeções no país, segundo o Ministério da Saúde espanhol.

O número “é alto” quando comparado comparado com outros países, admitiu o diretor do Centro de Coordenação de Alertas e Emergências de Saúde, Fernando Simón, na conferência de imprensa diária.

O responsável considerou no entanto que a proporção de médicos, paramédicos, enfermeiros e auxiliares infetados em relação ao total dos casos pode ser inferior, uma vez que, entre a população em geral, só são notificados os casos “basicamente” graves.

“Não é claro o número de casos na população e este valor [14,7%] poderia baixar percentualmente em relação ao total”, disse o epidemiologista, sublinhando que, ainda assim, a infeção de profissionais de saúde “é uma das preocupações” das autoridades.

O responsável do Ministério da Saúde admitiu que sejam tomadas novas medidas de combate à pandemia, sublinhando embora que não lhe cabe qualquer decisão nessa matéria.

“Está a ser avaliado e está sobre a mesa a possibilidade de fazer algumas alterações nas recomendações ou nas medidas atuais”, disse.

(Notícia atualizada às 13h50 com informações da Lusa em relação aos profissionais de saúde infetados)

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