Houseparty diz-se vítima de sabotagem. Oferece 1 milhão de dólares por provas

Aplicação Houseparty diz ter sido vítima de uma "campanha paga de difamação", depois de terem surgido rumores de que a aplicação seria uma burla. Está a oferecer um milhão de dólares a quem dê provas.

A Houseparty está “a investigar” indícios de ter sido vítima de uma “campanha paga de difamação”, depois de milhares de contas terem sugerido no Twitter que a aplicação estava por detrás de roubos e invasões a outros serviços na internet, levando a uma fuga em massa do serviço. A empresa promete oferecer um milhão de dólares a quem “apresente provas dessa campanha”.

“Estamos a investigar indícios de que os rumores recentes foram espalhados por uma campanha paga de difamação para prejudicar a Houseparty. Estamos a oferecer um milhão de dólares à primeira pessoa que apresente provas dessa campanha”, disse ao ECO uma porta-voz da empresa durante a madrugada desta terça-feira. A mesma mensagem foi, entretanto, partilhada pela própria Houseparty no Twitter:

A popularidade desta aplicação disparou nas últimas semanas, incluindo em Portugal. Por permitir realizar videochamadas e jogar jogos com a família e amigos, tornou-se numa ferramenta de socialização em tempos em que a palavra de ordem é o isolamento social, por causa do novo coronavírus. Em Portugal, a Houseparty tem estado no topo das listas das mais descarregadas da Play Store e da App Store.

No entanto, esta segunda-feira, milhares de contas no Twitter começaram a publicar, praticamente em simultâneo, alegações de que a Houseparty seria, na verdade, uma burla. Os utilizadores queixavam-se de que, após a instalação da aplicação, receberam alertas de outros serviços, como Netflix e Spotify, indicando que os mesmos teriam sido invadidos.

Mas, como revelou o ECO, existiam dúvidas sobre a veracidade das queixas e indícios de que as mesmas teriam partido de contas suspeitas operadas de forma automatizada. Ainda assim, milhares de utilizadores terão optado por desinstalar a Houseparty, de forma a garantirem a proteção dos seus smartphones e serviços digitais.

Já na segunda-feira, a Houseparty admitia ter encontrado atividade suspeita no Twitter, apesar de, até onde foi possível verificar, algumas das queixas terem, de facto, partido de contas de pessoas reais na rede social. A informação desta terça-feira mostra, por isso, que a Houseparty estará convicta de que tudo não passou de uma “campanha paga” perpetrada por pessoas mal-intencionadas.

A Houseparty foi lançada no início de 2016, mas só chegou este ano ao topo das preferências dos utilizadores de dispositivos móveis. No ano passado, a aplicação de videochamadas foi vendida à Epic Games, o grupo por detrás do jogo Fortnite.

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