Vendas de carros afundam 56,6% em março devido ao coronavírus
O mercado automóvel foi fortemente prejudicado em março, devido ao surto de coronavírus. No terceiro mês do ano foram matriculados apenas 12.399 veículos, uma queda de 56,6%.
É mais um setor que está a ser fortemente prejudicado pelo surto de coronavírus. Em março, foram matriculados apenas 12.399 automóveis, o equivalente a uma quebra de 56,6% face ao mesmo mês do ano anterior, revelam os dados da Associação Automóvel de Portugal (ACAP).
Depois de ter subido 5% em fevereiro, a venda de automóveis afundou no mês passado, “devido à crise provocada pelo novo coronavírus”, diz a associação que representa o setor, em comunicado. E mesmo assim, dos cerca de 12 mil veículos comercializados neste mês, muitos ainda foram de encomendas que tinham sido feitas antes desta pandemia começar, o que indica que o impacto poderá ser bem mais significativo.
A mesma tendência observa-se também no acumulado do primeiro trimestre do ano, em que foram colocados em circulação 52.941 automóveis, menos 24% do que no mesmo período do ano passado.
Por categorias, em março foram comercializados apenas 246 pesados, o equivalente a uma quebra de 46,6%, enquanto o número de ligeiros vendidos totalizou 12.153 viaturas, uma descida de 56,7% face ao mesmo mês do ano passado, refere a ACAP.
Dentro dos automóveis ligeiros, as maiores quebras foram observadas nos ligeiros de passageiros: comercializaram-se apenas 10.596 veículos, menos 57,4% do que no mês homólogo. Por sua vez, os ligeiros de mercadorias caíram 51,2% para 1.557 automóveis.
Marcas mais procuradas com quebras de 70%. Tesla, Land Rover e Bentley vendem mais
Das 39 marcas existentes, apenas três viram as vendas aumentar. Foram elas a Tesla, que comercializou 544 automóveis, um aumento de 53,2%, a Land Rover, que vendeu 42 veículos, mais 27,3% face a março do ano passado e a Bentley, que vendeu apenas três automóveis face aos dois do ano passado, mostram os dados da ACAP.
Contudo, entre as marcas mais procuradas, a tendência de quebra acentuou-se. A Renault, no topo da tabela, viu a comercialização cair 68,8% ao colocar na estrada apenas 1.266 veículos, enquanto a Peugeot vendeu apenas 856 carros, uma quebra de 65,7% face ao período homólogo.
As maiores quebras de vendas (excluindo a Ferrari, a Alpine, a Iveco, a Aston Martin e a Maserati, que não comercializaram nenhum automóvel) observaram-se na Alfa Romeu (apenas sete automóveis, uma descida de 93,2%), na Fiat (232 automóveis, 88,3%) e na Opel (310 carros, 80,4%).
(Notícia atualizada às 15h48 com mais informação)
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