Países produtores de petróleo reunidos novamente para tentar acordo
Os países produtores de petróleo vão reunir-se novamente este domingo, por videoconferência, para tentarem um acordo que compense os desequilíbrios causados pela pandemia.
Os países produtores de petróleo vão reunir-se este domingo novamente, por videoconferência, para tentar um acordo de redução da produção visando diminuir o desequilíbrio do mercado causado pela pandemia.
A informação foi referida à AFP por uma fonte próxima da OPEP que pediu anonimato e não deu mais detalhes sobre a organização da reunião virtual, confirmada pelo Azerbaijão.
Os ministros dos países membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e dos que participaram da “declaração de cooperação” vão reunir-se às 17h00 de Lisboa, de acordo com Zamina Alieva, porta-voz do ministro da Energia do Azerbaijão, citada num comunicado de imprensa.
“A reunião será realizada no âmbito das consultas resultantes da reunião de 9 de abril de ministros da OPEP e de países não membros da OPEP”, e será “presidida pelo ministro da Energia da Arábia Saudita, Abdulaziz bin Salman, e copresidida pelo ministro da Energia da Rússia, Alexander Novak “, disse.
Após longas negociações, na sexta-feira de madrugada, a OPEP e os países parceiros, com exceção do México, concordaram em reduzir em maio e junho a produção mundial para 10 milhões de barris por dia, segundo a OPEP.
A Cidade do México considerou excessivo o esforço exigido (uma redução da produção de 400.000 barris por dia) em comparação com outros países. Os Estados Unidos da América concordaram em ajudar o México a alcançar sua quota de redução para chegar a um acordo global e conter a queda nos preços.
No sábado, os ministros da Energia dos países do G20 (fórum de cooperação internacional que agrega 19 países e a União Europeia) não conseguiram fechar o acordo de redução, que só entrará em vigor se for vinculado pelo México.
O confinamento de metade da população mundial para limitar a pandemia do novo coronavírus desequilibrou o mercado do petróleo, em que a oferta global já estava excedente e agora encontra-se em proporções raramente vistas, com restrições de viagens tomadas em todos os países para impedir a propagação da doença.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da Covid-19, já provocou mais de 109 mil mortos e infetou quase 1,8 milhões de pessoas em 193 países e territórios. Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.
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