Cotadas espanholas querem regresso com passaportes de saúde para funcionários imunes

  • ECO
  • 13 Abril 2020

A aposta em passaportes sanitários que permita identificar trabalhadores com imunidade ao Covid-19 está a ser estudada pelas empresas como forma de retomar atividade.

Enquanto esta semana se assinala o regresso à atividade de algumas empresas de serviços não essenciais em Espanha, estão a ser estudadas várias formas de conseguir uma retoma com o melhor nível de atividade possível. Uma das iniciativas em marcha envolve o uso do equivalente a um passaporte de saúde que permita identificar trabalhadores com imunidade ao Covid-19.

Segundo adianta o espanhol El Confidencial, citando fontes de um projeto, várias das empresas mais relevantes do país, incluindo do setor financeiro (quase 200 mil funcionários), estão a trabalhar em soluções com origem em diferentes fornecedores (“big Four”, tecnologia e consultores de risco, etc) com vista a implementar este salvo-conduto sanitário laboral. Mas não serão os únicos a trabalhar nesse sentido, estando grandes empregadores do país, da distribuição ao turismo, a avaliar as alternativas existentes para otimizar seus recursos humanos da maneira mais segura.

Esta segunda-feira terminou em Espanha a hibernação económica de duas semanas, embora sem protocolos comuns ou material de segurança garantido para todos os que regressam ao trabalho. Tendo em conta essa situação, o setor privado já estará a trabalhar visando o fim do confinamento, embora de forma gradual. E, para isso, a opção de testes sorológicos maciços, visando identificar os funcionários imunes, está a ser trabalhada entre os grandes nomes do Ibex como uma forma de assegurar um regresso à atividade mais seguro e com garantias.

Para conseguir essas garantias, estão a tentar juntar-se aos principais grupos de saúde privados de Espanha (Quirón, Vithas, HM Hospitales, Sanitas, etc). Essas iniciativas seriam complementares ao plano lançado pelo Ministério da Saúde de realizar testes sorológicos em 30 mil residências (62 mil cidadãos), visando assegurar informações necessárias que permitam traçar um mapa do vírus que ajude a gerir a diminuição do confinamento e o regresso à atividade.

Também no Reino Unido, a hipótese da criação de um passaporte sanitário saltou para a ribalta. Neste domingo, o The Wall Street Journal falava precisamente nisso, referindo que o governo britânico discutiu os passaportes imunitários como uma forma de a curto prazo permitir o alívio do bloqueio provocado pelo coronavírus que está a ameaçar paralisar a economia do Reino Unido. O ministro das Finanças britânico terá estimado que o coronavírus poderá provocar uma quebra de 30% da economia do Reino Unido só no segundo trimestre deste ano.

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