Época de resultados castiga Wall Street. Perde mais de 1,5%

Bank of America, Goldman Sachs e Citigroup apresentaram contas esta quarta-feira, com tombos próximos de 50% nos lucros do primeiro trimestre. Em sentido contrário, Amazon tocou máximos recorde.

A época de resultados já arrancou nos Estados Unidos e começa a espelhar o impacto do coronavírus. Os bancos norte-americanos viram os lucros a afundar, numa altura em que os dados económicos apontam para a maior recessão em quase um século.

A sessão em Wall Street foi castigada pelos sinais do impacto do vírus. O Dow Jones recuou 1,85% para 23.506,85 pontos, enquanto o S&P 500 perdeu 2,19% para 2.783,82 pontos e o Nasdaq caiu 1,44%, para 8.393,18 pontos.

Bank of America, Goldman Sachs e Citigroup apresentaram contas esta quarta-feira, com tombos próximos de 50% nos lucros do primeiro trimestre. Esta semana, também já o tinham feito o JPMorgan Chase e o Wells Fargo. Todo o setor negociou em terreno negativo.

Da mesma forma, também o retalho e o petróleo foram penalizados. As vendas a retalho nos EUA caíram 8,7% em março, em mínimos históricos e a sinalizar que o gasto com consumo será o mais baixo em décadas, de acordo com dados publicados esta quarta-feira. Em simultâneo, foi divulgado que a atividade fabril no estado de Nova Iorque caiu para o valor mais baixo de que há registo.

No petróleo, as cotações foram pressionadas pelo alerta da Agência Internacional de Energia (AIE). Diz que, mesmo com o acordo de cortes de produção alcançado pela OPEP+, o excedente é demasiado grande. O espaço de armazenamento poderá chegar ao fim dentro de poucas semanas.

O barril do Brent — referência para as importações nacionais — desvalorizou 6,45%, para 27,69 dólares, no mercado londrino. Já o crude transacionado em Nova Iorque acabou por ganhar 0,4%, nos 20,20 dólares, após ter negociado abaixo da barreira dos 20 dólares.

A contrariar o sentimento negativo que se vive nos mercados norte-americanos esteve a Amazon. A tecnológica de Jeff Bezzos atingiu o valor mais elevado de sempre, graças à forte procura numa altura em que grande parte do mundo está em isolamento social. As ações fecharam a ganhar 1% nos 2.307,68 dólares.

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