Petróleo puxa por Wall Street. Subsídios de desemprego ajudam

Principais índices bolsistas dos EUA avançam com o mercado a reagir de forma positiva à redução dos novos pedidos de subsídio de desemprego e num dia em que o preço do crude sobe 25% em Nova Iorque.

As ações norte-americanas estão em alta pelo segundo dia consecutivo, com os investidores a reagiram de forma positiva aos números dos novos pedidos de subsídio de desemprego, que baixaram pela terceira semana consecutiva. Simultaneamente, as cotações do petróleo voltam a recuperar: o crude avança 25% em Nova Iorque, acima dos 17 dólares por barril.

Neste contexto, o S&P 500 sobe 0,42%, para os 2.811 pontos, enquanto o Dow Jones e o Nasdaq avançam 0,66% e 0,34%, respetivamente, para os 23.631 e 8.524 pontos.

Dados divulgados esta quinta-feira mostram que 4,43 milhões de norte-americanos pediram subsídio de desemprego na última semana, valor aquém dos 5,24 milhões registados na semana anterior, mas mesmo assim um valor significativamente acima do período pré-pandemia. Assim, apesar da quebra, o número total de pedidos verificados nas últimas cinco semanas ascende a 26 milhões, com as paralisações em todo o país com vista a conter o coronavírus a provocarem a dispensa de muitos trabalhadores pelas empresas.

“Embora os mercados considerem essa queda muito positiva, não se trata de uma bandeira da vitória que a recessão será evitada”, disse Steven Blitz, economista-chefe da TS Lombard, citado pela Reuters.

“O mercado está a tentar dizer que essa contração causada pelo coronavírus não é uma verdadeira recessão, que o seu efeito é amplo, mas limitado às indústrias que foram forçadas a fechar e que, quando abrirmos, o impacto negativo irá desvanecer-se rapidamente”, acrescentou o mesmo especialista.

Apesar disso, as consequências negativas sobre as empresas não parecem ser possíveis de evitar. Os analistas reduziram drasticamente as suas expectativas para os lucros no S&P 500 para o primeiro e segundo trimestres deste ano, enquanto as empresas ao mesmo tempo avançam com medidas drásticas de corte de custos para superar a crise económica.

A retalhista Target registou um aumento nas suas vendas digitais em março e abril, que compensou uma queda nas vendas nas lojas. Mas suas ações estão a cair 3,14% em Nova Iorque, uma vez que as suas margens foram atingidas por custos mais altos. Também a sua concorrente Walmart cede à pressão, com as suas ações a perderem 1,32%.

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