Bolsas europeias pessimistas com Covid-19. Lisboa recua 1,5%

O falhanço nos testes de um medicamento para tratar o Covid-19 suscitou uma onda de pessimismo nas bolsas. Europa cai, com a praça portuguesa a ceder 1,5%.

As bolsas europeias abriram em queda acentuada, anulando alguns dos ganhos obtidos nas últimas sessões. Os principais índices europeus recuam perto de 2%, acompanhando a tendência dos mercados asiáticos e os americanos, depois de o falhanço no desenvolvimento de um tratamento para o coronavírus ter espoletado uma vaga de pessimismo em torno da contenção da pandemia.

O medicamento da farmacêutica Gilead Sciences, que estava a ser testado para o tratamento do Covid-19, falhou no seu primeiro teste clínico. O medicamento não só não melhorou a saúde dos pacientes que o tomaram como não reduziu a presença patogénica na respetiva corrente sanguínea, produzindo pessimismo no mercado quanto à descoberta de um tratamento eficaz ou de uma vacina para o novo coronavírus.

Este fracasso está a pesar nos mercados. Depois de pressionar as bolsas dos EUA, mas também da Ásia, na Europa o Stoxx 600 está a cair 1,1%, enquanto o francês CAC-40 perde 1,5%, o espanhol IBEX perde 1,7% e o alemão DAX recua 2%. Já o britânico FTSE 100 derrapa 1,3%. Em Portugal, o PSI-20 cede 1,59%, para 3.083,11 pontos, com apenas três das 18 cotadas a escaparem à pressão vendedora nos mercados bolsistas.

O negócio das comunicações pesa na praça nacional, com os CTT a perderem 3%, para 2,10 euros, e a operadora Nos a desvalorizar 1,23%, para 3,378 euros por ação. Mas a contribuírem para as perdas na bolsa de Lisboa está também a queda de 1,66% nos títulos do BCP, com o banco liderado por Miguel Maya a cotar nos 9,48 cêntimos.

Entre as empresas penalizadas pela pressão vendedora estão também a EDP, que cai 0,79% em bolsa, e a participada EDP Renováveis, que derrapa 0,57%.

Depois de ter impulsionado a praça portuguesa nas duas últimas sessões, com a recuperação dos preços do petróleo, a Galp Energia está novamente a desvalorizar, recuando 0,93%, para 9,338 euros por ação, isto no dia em que os acionistas deverão aprovar o pagamento de dividendos.

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