Empresas de crédito ao consumo evitam moratórias
Há empresas de crédito que aderiram à moratória privada desenhada pelo setor, mas estão a tentar convencer os clientes a não suspender o pagamento das prestações, sugerindo alternativas desvantajosas.
Das 25 empresas associadas da Associação de Instituições de Crédito Especializado (ASFAC), apenas 15 aderiram à moratória que entrou em vigor a 10 de abril e que tem como objetivo apoiar as famílias mais afetadas pela pandemia de coronavírus. Entre as que aderiram, também há algumas que estão agora a alterar os juros e a cobrar comissões que não estavam no contrato. A Deco já começou a receber queixas, avança o Diário de Notícias, esta segunda-feira.
“As pessoas estão numa grande angústia, ou porque estão em lay-off, ou no desemprego, ou trabalhavam a recibos verdes e não têm apoio da Segurança Social. Há pessoas desesperadas, sem dinheiro para comprarem alimentos“, conta Natália Nunes, coordenadora do Gabinete de Proteção Financeira (GPF) da Deco. “Já começamos a ter algumas queixas relacionadas com as empresas de crédito ao consumo“, acrescenta, adiantando há empresas que, que concedendo uma moratória, “alteram os juros e cobram comissões que não estavam no contrato“.
De acordo com o Diário de Notícias, uma parte considerável das empresas associadas da ASFAC não aderiu às moratórias e, entre as que aderiram, há algumas que estão a afirmar, num primeiro momento, não o ter feito. Outras estão mesmo a tentar convencer os clientes a renegociar a dívida, com condições desvantajosas para os consumidores, em alternativa à suspensão do pagamento das prestações.
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