CGTP alerta para “uma ofensiva já em marcha” contra os trabalhadores
Isabel Camarinha, exigiu a proibição dos despedimentos e a reversão dos que já aconteceram nos últimos meses, recusando que a crise seja aproveitada para reduzir direitos e aplicar austeridade.
A secretária-geral da CGTP recusou, esta sexta-feira, que a crise seja aproveitada para reduzir direitos dos trabalhadores e aplicar austeridade, considerando que há uma “ofensiva que já está em marcha”. O alerta de Isabel Camarinha aconteceu no discurso comemorativo do Dia do Trabalhador, em que a secretária-geral da CGTP exigiu a proibição dos despedimentos e a reversão dos que já aconteceram nos últimos meses.
Na local histórico das comemorações da CGTP no 1.º de Maio, com manifestantes de máscara e a manter distância de segurança, enquanto empunhavam bandeiras da central sindical ou dos seus respetivos sindicatos, Isabel Canarinha começou o discurso por falar “da emoção e do orgulho” que sentia ao ver a organização dos dirigentes e ativistas da Inter que participam na celebração do Dia do Trabalhador.
“Alguns queriam calar-nos, mas não nos calamos, cumprindo as regras de segurança individual e coletiva”, afirmou.
Segundo a secretária-geral da CGTP, está-se a assistir ao “aproveitamento que alguns fazem do vírus para acentuar a exploração”, criando ainda mais precariedade laboral, considerando que “a luta ganha ainda mais atualidade nesta fase da vida nacional, em que está em marcha uma ampla campanha ideológica que pretende incutir que os direitos dos trabalhadores são inimigos da recuperação económica do país“.
A líder da CGTP exige assim resposta para “uma ofensiva que está em marcha”. A líder da CGTP considerou que é precisamente com avanços nos direitos laborais, proteção do emprego e aumentos dos rendimentos que a recuperação será mais rápida e sólida.
“Exigimos a proibição dos despedimentos e a reversão dos que já aconteceram nos últimos meses”, disse Isabel Camarinha, defendendo que “a precariedade no emprego só serve o patronato”.
“Não estamos condenados a anos e anos de sacrifícios, a uma recuperação lenta, a um processo doloroso que implicará mais austeridade, como é repetido insistentemente por muitos e admitido pontualmente por outros”, afirmou.
“Exigimos que se garanta a retribuição por inteiro, acabando com o corte de um terço dos salários para os trabalhadores em lay-off ou em assistência à família“, diz a líder da CGTP.
“Não aceitamos que a Segurança Social seja descapitalizada”, disse ainda Isabel Camarinha, reivindicando que “deve o Orçamento do Estado assumir a cobertura das medidas extraordinárias que têm recorrido às suas verbas”.
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