Volume de negócios nos serviços contrai 17% em março

O índice de volume de negócios nos serviços afundou 17% em março e 4% no primeiro trimestre deste ano. INE fala em dificuldades na compilação de informação e apela a "melhor colaboração" de todos.

O volume de negócios nos serviços registou uma forte deterioração em resultado do choque económico provocado pela pandemia. O índice contraiu 17% em março e caiu 4% no conjunto do primeiro trimestre comparativamente com o mesmo período do ano anterior.

À medida que Portugal tenta retomar a atividade económica de forma gradual, vão sendo conhecidos novos dados sobre a dimensão do impacto da paralisação que começou em meados de março. Esta paralisação visou travar o contágio pelo novo coronavírus.

A informação divulgada esta terça-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) vem somar a esses dados acerca do impacto das medidas do estado de emergência. De acordo com o INE, o índice de volume de negócios nos serviços, um dos setores mais afetados pela pandemia, “apresentou uma variação homóloga nominal de -17% em março”, depois de ter crescido 2,5% no mês precedente.

Já o primeiro trimestre de 2020 “registou uma diminuição de 4% face ao mesmo período de 2019″, depois de ter crescido 2,4% no trimestre anterior”, sublinha o INE, que refere que os dados de março já refletem o impacto da pandemia. “A informação […] respeitante a março já reflete parcialmente os efeitos da pandemia Covid-19, quer no comportamento da atividade económica, quer na quantidade de informação primária disponível na compilação dos resultados apresentados”, acrescenta.

Segundo o INE, os índices de emprego, de remunerações e de horas trabalhadas ajustado de efeitos de calendário “apresentaram variações homólogas de +0,2%, +1,7% e -3,3%, respetivamente”.

“Todas as secções apresentaram evoluções negativas”, continua a nota do INE, que destaca, porém, que o “comércio por grosso, comércio e reparação de veículos e motociclos” registou uma variação homóloga de -14,4% em março. Já o “alojamento, restauração e similares” registou uma queda de 49,1% e os “transportes e armazenagem” registou também uma queda de 17,6%.

INE apela a “melhor colaboração” no envio de respostas em plena pandemia

A pandemia do Covid-19 não está apenas a ter impacto nos indicadores calculados pelo INE. O próprio trabalho do organismo nacional de estatística está a ser dificultado pelo impacto do novo coronavírus.

Numa breve nota, o INE faz referência à menor “quantidade de informação primária disponível na compilação” de resultados, mas vai mais longe: “Apelamos à melhor colaboração das empresas, das famílias e das entidades públicas, apesar das dificuldades, na resposta às solicitações do INE”, aponta.

A entidade nota, por fim, que “a qualidade das estatísticas oficiais depende crucialmente dessa colaboração”.

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