Marcelo também só queria “cheque” para o Novo Banco depois da auditoria
Marcelo Rebelo de Sousa argumenta que é diferente assumir um compromisso antes ou depois de ter conhecimento do resultado da auditoria do Novo Banco.
O Presidente da República defende que é “politicamente diferente” o Governo assumir responsabilidades, neste caso perante o Novo Banco, antes ou depois de ser conhecido o resultado da auditoria. Marcelo Rebelo de Sousa defende o que tinha sido prometido pelo primeiro-ministro, António Costa, que só faria o empréstimo ao Novo Banco após a auditoria.
“O senhor primeiro-ministro esteve muito bem no Parlamento quando disse que fazia sentido que o Estado cumprisse a as suas responsabilidades, mas naturalmente se conhecesse a conclusão da auditoria” ao Novo Banco, disse Marcelo Rebelo de Sousa, em declarações transmitidas pelas televisões.
“Há uma auditoria que estaria concluída em maio deste ano… para os portugueses não é indiferente cumprir compromissos com o conhecimento exato do que se passou, ou cumprir compromissos e mais tarde vir a saber como se passou” naquele tempo, referindo-se à concessão do empréstimo de 850 milhões de euros feito pelo Ministério das Finanças ao Fundo de Resolução para a injeção no Novo Banco.
“É politicamente diferente”, rematou o Presidente da República após a visita à fábrica da Autoeuropa, em Palmela. Questionado sobre se Mário Centeno fez mal em “passar o cheque” antes da auditoria, Marcelo disse que “já disse o que tinha a dizer” sobre o tema Novo Banco.
Governo vai comprar um carro a quatro fábricas automóveis em Portugal
Também presente na visita à fábrica da Volkswagen em Palmela, António Costa anunciou que, como um sinal de confiança para a indústria, o Governo iria comprar uma viatura a cada uma das quatro fábricas que produzem automóveis em solo nacional, de diferentes categorias.
“Retribuindo o sinal de confiança” que a indústria automóvel transmitiu, a presidência de Conselho de Ministros “irá proceder à aquisição de uma viatura em cada uma das quatro unidades industriais” que produzem automóveis em Portugal, anunciou o primeiro-ministro, em declarações transmitidas pelas televisões.
Costa desafia Marcelo para visita a fábrica em segundo mandato presidencial
O primeiro-ministro notou que as duas visitas à Autoeuropa foram realizadas em conjunto com o Presidente da República, no primeiro e último anos do mandato de Marcelo. Deixou assim um convite para se cumprir a tradição e voltar à fábrica em Palmela no primeiro ano do segundo mandato do Presidente.
“Proponho que a data para a terceira visita seja para o ano, no primeiro ano do segundo mandato do Presidente da República”, disse António Costa, contando que ambos receberam um convite para um almoço na fábrica. Marcelo Rebelo de Sousa respondeu dizendo apenas: “cá estaremos este ano e nos próximos anos a construir um Portugal melhor”, não se comprometendo sobre uma recandidatura.
(Notícia atualizada às 14h10 com mais informação)
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