Portos do continente movimentam 22 milhões de toneladas no primeiro trimestre, menos 3,7%
Os portos do continente movimentaram 21,86 milhões de toneladas de cargas no primeiro trimestre, uma descida de 3,7% face ao mesmo período do ano passado.
Os portos do continente movimentaram 21,86 milhões de toneladas de cargas no primeiro trimestre, uma descida de 3,7% face ao mesmo período do ano passado, divulgou esta sexta-feira a Autoridade da Mobilidade e dos Transportes (AMT).
“Entre janeiro e março de 2020, os portos do continente movimentaram um total de 21,86 milhões de toneladas de carga, inferior em -3,7%, ou seja, -850,3 mil toneladas, ao registado no primeiro trimestre de 2019”, refere o relatório de março do Acompanhamento do Mercado Portuário, elaborado pela AMT.
No entanto, analisando apenas o mês de março, verifica-se um crescimento de 3,7% face ao mesmo mês de 2019.
A AMT explica o recuo global registado nos primeiros três meses do ano como resultado do “confronto dos mercados de carga contentorizada (-910,4 mil toneladas) e carvão (-1,06 milhões de toneladas), com influência negativa, e do petróleo bruto (+1,16 milhões de toneladas), com influência positiva, todos representados maioritariamente pelo Porto de Sines”.
A variação global negativa do volume de carga movimentada nos primeiros três meses do ano resulta, ainda, diz o IMT, da conjugação de comportamentos negativos registados nas operações de embarque e de desembarque, incluindo transhipment (transbordo de mercadorias), que observam quebras de 3,2% e de 4,1%, respetivamente.
O IMT ressalva que o transhipment não parece ainda refletir o impacto negativo induzido pela pandemia de Covid-19, uma vez que o volume registado no Porto de Sines no mês de março é o mais elevado dos últimos doze meses, enquanto Leixões regista um crescimento de 26,5%, atingindo uma quota de 7,1% do movimento do porto.
Já o Porto de Lisboa, apresenta um volume de “meramente residual” de transhipment em março, com as perturbações laborais que lá existem a contribuir para esse valor, defende o IMT.
O Porto de Sines continua a liderar a estrutura de quotas, com 49,7% do total (menos 1,8 pontos percentuais, face ao período homólogo de 2019), seguindo-se Leixões com 24,2%, Lisboa com 9,7%, Setúbal com 7,3%, Aveiro com 6,3%, Figueira da Foz com 2,3%, Viana do Castelo com 0,4% e Faro e Portimão, ambos, com 0,1%.
No período em análise, o tráfego de contentores sofreu uma quebra de 10,8%, o que correspondente a menos 82 mil TEU (Unidade equivalente a 20 pés), justificada, fundamentalmente, pelo comportamento do Porto de Sines, cujo movimento registou uma descida de 55,5 mil TEU, e por Lisboa, a registar menos 36,2 mil TEU.
Apenas Leixões se destacou pela positiva, tendo registado um crescimento de 8%, ao movimentar 184.096 TEU, o seu volume mais elevado de sempre.
No entanto, o Porto de Sines mantém a liderança com uma quota maioritária absoluta de 56,4% no segmento de contentores, seguindo-se Leixões, com 27,3%, Lisboa, com 10,5%, Setúbal, com 5,1%, e Figueira da Foz, com 0,7%.
No primeiro trimestre deste ano, aumentou a movimentação de toda a tipologia de cargas da classe dos granéis líquidos, com destaque para o petróleo bruto (+42,7%), os outros granéis líquidos (+8,5%) e os produtos petrolíferos (+0,1%), juntando ainda o contributo positivo da carga fracionada (+5,6%) e minérios (+28,4%), que apresenta o volume mais elevado de sempre.
No seu conjunto, estas subidas representam a movimentação de mais 1,37 milhões de toneladas.
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