Falta de máscaras, viseiras, desinfetante e restrições de espaço. 75% das empresas com dificuldades em cumprir regras para abrir portas
Nove em cada dez empresas estão já a trabalhar, depois de o estado de emergência ter encerrado parte da economia. Mas muitas delas estão a ter dificuldades em cumprir novas regras sanitárias.
Nove em cada dez empresas estão já em funcionamento, mas a maioria está a ter dificuldades em cumprir as novas sanitárias obrigatórias para a reabertura da atividade. Queixam-se da falta de máscaras, viseiras e desinfetante e também das restrições no espaço físico e dos custos elevados, fatores que estão a dificultar a retoma após o estado de emergência ter fechado parte da economia.
Segundo um inquérito do Banco de Portugal e Instituto Nacional de Estatística (INE), mais de 75% das empresas referiram que a indisponibilidade de material de proteção individual (máscaras, viseiras, desinfetante, etc.), as restrições no espaço físico e os custos elevados eram situações muito relevantes ou relevantes para a dificuldade de cumprimento dos requisitos para a retoma da atividade.
Comércio está de volta
O mesmo inquérito mostra que 90% das empresas estão a funcionar, mais 6 pontos percentuais do que na quinzena anterior. Salienta-se o regresso do setor do Comércio, onde a percentagem de estabelecimentos abertos aumentou de 84% para 92%. Já a percentagem de empresas encerradas (temporária ou definitivamente) no setor do Alojamento e restauração continuou a ser significativamente mais alta (56%).
Estes dados dizem respeito à primeira quinzena de maio, ou seja, à primeira fase do plano de desconfinamento traçado pelo Governo para a retoma da economia e durante a qual lojas de rua, pequeno comércio, cabeleireiros, esteticistas puderam já reabrir portas.
Só na segunda fase, que se iniciou esta segunda-feira, é que restaurantes e cafés e lojas até 400 metros quadrados tiveram autorização para abrir novamente.
Apesar da reabertura gradual da atividade, 77% das empresas continuaram a reportar um impacto negativo no volume de negócios, mas a situação parece ter estabilizado face à segunda quinzena de abril. A larga maioria aponta para uma estabilização (41%) ou uma variação pequena (41%) da faturação.
Metade das empresas com redução de pessoal
Além disso, o regresso está a ser feito a meio gás em termos de pessoal: metade das empresas continuam com redução de trabalhadores ao serviço, representando 71% do total do pessoal ao serviço das empresas respondentes. Uma percentagem também significativa (47%) reportou ausência de impacto da pandemia no pessoal ao serviço (25% do total do pessoal).
Das empresas que registaram um aumento no pessoal ao serviço efetivamente a trabalhar, 70% delas destacou o impacto positivo do lay-off criado pelo Governo para agilizar a suspensão ou redução temporária dos contratos de trabalho durante a pandemia.
Com a indicação do Governo para as empresas manterem os colaboradores a trabalharem remotamente, mais metade seguia a laborar em teletrabalho, enquanto 46% das empresas reportaram a existência de pessoal a trabalhar em presença alternada nas instalações da empresa devido à pandemia.
(Notícia atualizada às 11h54)
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