Álvaro Amaro acusado por negócios ruinosos com PPP
O eurodeputado Álvaro Amaro é um dos arguidos num processo de contratos suspeitos com uma empresa de construção relativos a parcerias público-privadas.
O eurodeputado Álvaro Amaro é um dos acusados num processo de de corrupção, prevaricação de titular de cargo político, branqueamento de capitais e participação económica em negócio, avançam esta sexta-feira o Expresso e o Jornal de Notícias. Segundo o Ministério Público, na origem desta caso está o alegado “conluio” entre a empresa de construção MRG – Manuel Rodrigues Gouveia e os responsáveis dos municípios de Gouveia — da qual Amaro foi presidente –, Trancoso, Sabugal e Alcobaça na adjudicação e contratos de parcerias públicas-privadas (PPP) para construção de equipamentos.
De acordo com os jornais, nalguns casos as respetivas obras não chegaram sequer a ser feitas pela referida construtora, que terá conseguido assim ganhos ilícitos de 3,5 milhões de euros. O eurodeputado Álvaro Amaro é acusado de prevaricação. Mais dura é acusação contra o ex-autarca de Trancoso Júlio Sarmento, que vai responder não só por prevaricação, mas também participação económica em negócio, corrupção passiva e branqueamento de capitais. No curso da investigação, a PJ de Coimbra recolheu provas que indicam que Júlio Sarmento terá recebido “vantagens indevidas de cerca de 560 mil euros, dissimuladas através de familiares”.
Questionado sobre esta matéria, Álvaro Amaro adiantou que não irá renunciar ao mandato. “A Justiça fará o seu caminho, eu farei o meu”, disse o eurodeputado, referindo estar de “consciência tranquila”. A acusação já pediu que Amaro perca o mandato do cargo político que exerce, quando for julgado.
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