Startup sul-africana quer produzir proteína para consumo humano a partir de larvas

  • ECO
  • 24 Maio 2020

A Susento quer fazer criação de insetos para produzir uma proteína para consumo humano, que poderá ser usada em bebidas e alimentos energéticos.

Uma startup de África do Sul acredita que as larvas são capazes de produzir uma proteína de alta qualidade que pode ser usada em alimentos e bebidas desportivas. De acordo com a Bloomberg (acesso condicionado, conteúdo em inglês), a Susento já está a tentar produzir esta proteína para consumo humano a partir de insetos e acredita que terá isso pronto até ao final do ano.

Se tudo correr como planeado, a Susento será a primeira empresa em África a produzir proteína de inseto. Atualmente, há empresas que já produzem esta proteína através de larvas da mosca soldado-negro, mas que é usada apenas em alimentos para animais e peixes. As proteínas das larvas podem ser colhidas de maneira sustentável, dado que as moscas são alimentadas com resíduos.

A Susento nasceu, em parte, na Universidade Stellenbosch, perto da Cidade do Cabo, e os fundadores estão a tentar arrecadar 683.000 dólares (626.000 euros) ainda este mês para conseguirem criar instalações de produção na província de Eastern Cape, diz a Bloomberg. “É a primeira ronda de financiamento”, diz Elsje Pieterse, professora do Departamento de Ciências Animais daquela universidade, e fundadora da startup.

De acordo com a responsável, o pó produzido “não tem sabor ou cheiro e pode ser usado em alimentos salgados ou doces” como chocolate. É uma proteína de alta qualidade e um terreno com um hectare de insetos pode produzir 7.500 vezes mais do que um terreno de soja do mesmo tamanho, referiu. A startup espera que as novas instalações comecem a produzir em dezembro e o objetivo é colher 30 toneladas de proteína por mês.

Atualmente, a Susento já produz cerca de três toneladas de proteína por mês na universidade, que é principalmente usada em alimentos para animais. Para além desta startup, há outras empresas que também produzem insetos em África do Sul, como a Insecto e a AgriProtein.

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